Francisco Mesquita

Francisco Mesquita

Programador informático

A Região Autónoma dos Açores (RAA) não pode permitir que uma empresa sob o seu controlo, mas com acionistas privados, lhe aplique taxas de juros superiores àquelas a que Região se endivida nos mercados.

O atual sistema económico tem-se revelado insuficiente no propósito de elevar a qualidade de vida de grande parte da população. Cria-se então um ciclo vicioso profundamente antidemocrático, do qual precisamos de sair.

É preciso valorizar todo o trabalho, e não apenas aquele que contribui para encher os bolsos dos acionistas e financiadores. É fácil perceber quais são as classes sociais com interesse em disseminar a ideia de que o trabalho “a sério” é aquele que acontece no contexto empresarial.

Miguel Arruda considera que a liberdade de expressão deve incluir incitamento à violência por quem já tem um passado violento. O Chega não é anti-sistema: o sistema dá colo ao CHEGA e vice-versa. É, isso sim, anti-decência.

Temos um eixo AD-CH que vocifera contra o RSI que custa zero à Região dos Açores — o custo total do RSI nos Açores é de cerca de 9M€ anuais, pagos pela República —, mas que, não só não vê o problema em oferecer 5M€ à BENCOM num sábado, como ainda impede a audição do regulador no parlamento regional.

O não-englobamento é uma prática injustificável: beneficia imensamente os pouquíssimos do costume. As propostas do Bloco e do PCP de fechar este buracão foram chumbadas pela AD com abstenção do PS. O englobamento obrigatório permitiria desonerar praticamente toda a gente.

Bens de primeira necessidade deveriam estar isentos de IVA. Faltando fundos, deve o Estado exigi-los a quem tem meios, desonerando quem não os tem. Felizmente, há na Assembleia quem apresente alternativas para um futuro digno para toda a gente.

Os Açores têm um gravíssimo problema de pobreza, que se tem agravado desde que a região é desgovernada pela AD. Nos últimos dois anos, a taxa de pobreza subiu de 21,9% para 26,1% na região.

Urge impedir o genocídio. Urge defender direitos humanos — que só se defendem intransigentemente! É possível, através da pressão da sociedade civil, levar o Estado português a ser solidário com o povo palestiniano: exemplo disso, foi o recente episódio do navio Kathrin.

A proposta, da autoria de Gabriel Zucman, passa por garantir que as 3.000 maiores fortunas do mundo sejam alvo de uma taxação não inferior a 2% do seu valor. Este imposto deverá arrecadar cerca de 250 mil milhões de dólares anualmente.