Francisco Mesquita

Francisco Mesquita

Programador informático

É preciso repensar a economia, voltando aos fundamentos: que modos de organização nos permitem, enquanto sociedade, usar os recursos de que dispomos — ambientais, humanos e tecnológicos — para vivermos com conforto, saúde, e sustentavelmente?

Faz falta uma maior pressão popular no que toca a estes assuntos. Os dados estão à vista, as soluções são conhecidas — resta mobilizar a sociedade civil para que os decisores políticos ajam. Mãos à obra!

O acordo de associação entre a UE e Israel estipula no seu artigo segundo o respeito pelos direitos humanos. Espera-se que os nossos governantes, se manifestem a favor da sua suspensão — até que Israel respeite os direitos humanos.

O Estado subsidia os lucros absurdos da BENCOM — porque só com a compensação tarifária pode a EDA comprar-lhes o combustível a preços tão altos — e, ainda, os da EDA. O Grupo Bensaúde ganha duas vezes; o erário público perde duas; e a boa-fé dos contribuintes diminui.

Trata-se de uma estratégia concertada de manipulação dos sentimentos viscerais das pessoas: “ricos sempre os tivemos, e sempre trabalhámos para eles — mas vir aquele tipo e passar-me à frente é que não!”. Nos Açores, e não só, estas retóricas só servem para iludir as pessoas.

No final da faixa “Pela Música Pt2”, do álbum Serviço Público, Sam the Kid faz um apelo: “Não tragam pudim, o pudim já está na mesa. Tragam arroz doce, falta arroz doce!”. Esta metáfora aplica-se à política e, em particular, às miseráveis lideranças que têm estado na ordem do dia.

Aos candidatos às Câmaras Municipais, deixo a sugestão de tentar fazer de alguma cidade em Gaza cidade-irmã do respetivo município, mostrando-lhes solidariedade.

Há menos de uma semana, em Gaza, um ataque aéreo atingiu a casa da pediatra Alaa al-Najjar, matando 9 dos seus 10 filhos. Até quando permanecerá o Ocidente conivente com a matança destas crianças?

A Região Autónoma dos Açores (RAA) não pode permitir que uma empresa sob o seu controlo, mas com acionistas privados, lhe aplique taxas de juros superiores àquelas a que Região se endivida nos mercados.

O atual sistema económico tem-se revelado insuficiente no propósito de elevar a qualidade de vida de grande parte da população. Cria-se então um ciclo vicioso profundamente antidemocrático, do qual precisamos de sair.