Podemos dividir a estratégia de vitimização da direita em duas partes: a vitimização por parte do Governo de coligação PSD, CDS, PPM em relação aos partidos com os quais fizeram acordos de incidência parlamentar, nomeadamente o CH e IL, afirmando que sem a sua aprovação e, portanto, com o chumbo do orçamento, estaremos perante a impossibilidade de concretizar medidas já tão pomposamente anunciadas, por irresponsabilidade destes partidos. Por outro lado, temos a vitimização da IL e do CH que durante três anos validaram todas as ações deste governo, mas que curiosamente no último ano de legislatura, já querem mudar de estratégia considerando o retrato negativo das políticas implementadas por todos eles e do aproximar de eleições.
Se já não nos bastasse este cenário político nacional de instabilidade, temos agora, e uma vez mais, a novela pré-orçamento patrocinada pelos partidos da direita.
Para o PSD, CDS, PPM, IL e CH o que está em cima da mesa são os seus jogos políticos, para se manter no poder e garantir que se mantêm no parlamento em futuras eleições.
Mas o que estes partidos estão a criar é mais instabilidade com a sua irresponsabilidade, pois querem apenas proteger o seu umbigo, quando deviam estar a proteger os interesses dos açorianos e açorianas.
A irresponsabilidade é tanta que se criou um cenário típico de novela de ficção, com a apresentação de um plano e orçamento completamente irrealista, uma vez que não será num ano que este governo fará o que não fez em três. Por outro lado, temos a IL e o CH que querem apagar os últimos três anos e fazer crer que nada são responsáveis pelo estado que a direita deixou a região.
Entre medidas populistas que só atrasaram medidas estruturais necessárias para a região e numa constante chantagem política entre os vários intervenientes, tivemos três anos de rasga e cola acordos para satisfazer interesses próprios, quando os açorianos e açorianas sentiam na pele a perda de poder de compra, a dificuldade de responder às suas responsabilidades financeiras e o aumento da desigualdade, deixando-nos cada vez mais na cauda do país e da europa em vários indicadores nacionais e internacionais.
Apesar disso tudo, os açorianos e açorianas sabem com quem contar, pois nos momentos decisivos e em assuntos fundamentais é o Bloco de Esquerda que leva os seus problemas ao parlamento e dá o seu máximo para que seja reposta justiça e se garantam direitos.
Se há partido que se mobiliza contra as negociatas e protege os interesses do país e da região é o Bloco. Vejam só o que foi possível ao longo destes três anos aqui na região: a exposição de conflitos de interesses na saúde e no governo; os negócios do fuelóleo entre a BENCOM e da EDA; a poupança de mais de 5 milhões de euros para os contribuintes açorianos com a concretização da proposta do BE para reduzir a taxa de juro de mora cobrada pela EDA de 7% para 4% relativamente às dívidas da região; como se evitou mais despedimentos na cooperativa praia cultural, na Praia da Vitória, entre tantas outras conquistas.
É o Bloco que continua a marcar a diferença e a agenda com os assuntos que verdadeiramente necessitam ser resolvidos no país e região.
O tempo mostrou-nos isso e aqui continuaremos a fazer este caminho, por todos e todas e com todos e todas.