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Paulo Portas - os cães ladram mas a caravana passa
Depois do anúncio da sua colaboração (conselheiro) com a Mota-Engil, mais um corolário corporativo na sua vida como homem público. Ou seja, aproveita-se dos contactos institucionais que angariou enquanto representante do povo português para lucrar pessoalmente com esse conhecimento privilegiado.
A escola barrosista, arnautista, relvista, jorge-coelhista, vitorinista, maria-luís-albuquerquista e de tantos outros e outras singra, a bom ritmo, por entre a elite política.
Os donos da bola, a promiscuidade, o venha para cá o meu que estou-me a marimbar para a vergonha – já tive o que de vós queria – vai de vento em popa.
País melhor, bem colectivo, equidade, justiça? – É relativo, depende do ponto de vista; isso já não se usa, há que ser moderno, pró-activo, empreendedor.
Haverá agora quem diga que são todos iguais, tudo no mesmo regabofe, sem nunca nada distinguir. Nas próximas eleições, esses mesmos tudo igual farão também.
Muitos, admiram, idolatram até. Rouba mas faz, é um grande político, um excelente comunicador. Resposta inteligente, tem toda a experiência, o jornalismo, o Independente (o independente!). É fino, tem sentido de estado e de oportunidade. Má sorte a minha não ter tocado a mim. Aliás, quem me dera ser como ele, dizem para com os seus botões.
Bem, como diria o Ford: má sorte que ela fosse puta…
Depois, a indignação, e depois ainda, nova aposta no mesmo número da roleta, quando se sabe que quem ganha é sempre a casa.
Sic transit gloria mundi, ou melhor, os cães ladram mas a caravana passa. Até quando?
Artigo publicado em onaviodeespelhos.wordpress.com
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