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Devastada
Com a desculpa da austeridade, o governo e a troika lançam medidas avassaladoras tanto para as escolas como para os que nela trabalham ou deixaram de trabalhar.
A vontade de Passos e Portas é reduzir a Escola Pública democrática a uma escola de segunda categoria, de serviços mínimos, através do aumento do número de alunos por turma, da criação de mega e giga-agrupamentos, da revisão curricular e do encerramento de muitos cursos das Novas Oportunidades.
O projeto da direita, com a desculpa de termos vivido acima das nossas possibilidades, está a ser posto em prática: um ensino dual, para as elites e para as massas. Este com um currículo pobre, básico, direcionado para a entrada rápida no mercado de trabalho pela porta da precariedade, quando não é, cada vez mais, para o desemprego!
Com todos estes cortes, no início deste ano letivo, há menos dez mil professores colocados face a 2011. Com o Orçamento de Estado para 2013, sabemos que para o ano será pior, com mais cortes nas verbas para a educação, menos apoio aos alunos nas escolas, menos ação social, menos Escola Pública.
Tudo isto é fruto da estratégia levada a cabo pelos governos que foram alternando no poder nos últimos 35 anos. Trata-se da estratégia da precarização total da classe docente, mesmo contra a Lei Geral do Trabalho e as normas da União Europeia.
Até já existem professores sujeitos a contratos mensais!
Nos últimos seis anos aposentaram-se cerca de 25.000 professores e só entraram no quadro 396. Os restantes entraram pela porta da precariedade, para receberem menos e serem despedidos quando desse jeito. Nos últimos seis anos!!
Isso significa que quem abriu a porta ao maior despedimento da história do ensino foi o Governo anterior. Foi o Partido Socialista que iniciou a precarização galopante da classe docente. Não nos deixemos enganar! O PS precariza e o PSD despede - ou vice-versa.
A alternativa de que precisamos não é um jogo. Estão em causa as nossas vidas! E ela só é possível juntando todos aqueles e aquelas que não brincam com a vida das pessoas e que de facto querem transformar esta sociedade. E esta mudança tem de começar já, com a participação cada vez mais ativa da classe docente nas lutas para derrubar o governo da troika.
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