Miguel Guedes

Miguel Guedes

Músico e jurista. Escreve com a grafia anterior ao acordo ortográfico de 1990.

Fazer-nos acreditar em algo, seja a preto e branco ou em tons de fúchsia, é o desígnio que a classe política é convidada a adoptar e percorrer de lés a lés, da Direita à Esquerda, pelo convidado presidencial do 10 de Junho, mestre-de-cerimónias João Miguel Tavares (JMT).

Marcelo Rebelo de Sousa veste hoje a pose de um agregador antinaufrágio nem que, para isso, tenha de esconder da Direita todos os seus barcos salva-vidas.

A percentagem de abstenção nas eleições europeias continua a não ser surpreendente, mas é bem reveladora do afastamento dos eleitores face aos seus deveres mínimos de cidadania.

Reforçar quem faz a diferença é, neste domingo, a única escolha que premeia o mérito e nos permitirá exceder expectativas.

Se há algo que resulta claro do processo de inquirição a Joe Berardo, é que a avaliação e resultados finais das comissões de inquérito dependem muito mais da desfaçatez dos inquiridos do que das competências de qualquer uma das comissões.

Silêncio, luta e inveja. E sentido inverso. A crise de nervos que António Costa provocou na oposição à Direita foi o golpe de teatro mais cómico (não fosse trágico) desta legislatura.

O episódio folclórico da passadeira arco-íris na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, é sintomático.

A nova Lei de Bases da Saúde, a ser debatida e votada ainda nesta legislatura, é a peça fulcral da visão e do que queremos para o país nas próximas décadas.

Um ovo de Páscoa sem octanas a quem tentar compreender a vertigem com que milhares de depósitos semicheios se precipitaram para bombas de combustível nos últimos dias. Uma espécie de caça ao tesouro, sem (es)folar.

O Reino Unido prepara as próximas (e derradeiras?) eleições europeias com muitas interrogações e muito para além do signo da incerteza. Mais do que dos resultados, duvida-se do processo.