Agitou-se no banco, envolveu-se melhor no dominó, que a noite ia-se pondo fria, e resolveu esperar com resignação. Passou, porém, uma hora, duas, e ela sem aparecer... A inquietação mordeu-lhe novamente a alma... Porque não viria? Onde estaria àquelas horas da noite?...
Poetisa de excessos, Florbela Espanca cultivou exacerbadamente a paixão, com voz marcadamente feminina (em que alguns críticos encontram dom-joanismo no feminino). A sua poesia, mesmo pecando por vezes por algum convencionalismo, tem suscitado interesse contínuo de leitores e investigadores. É tida como a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX.
Anexo | Tamanho |
---|---|
![]() | 87.12 KB |
![]() | 64.21 KB |
![]() | 39.49 KB |
Adicionar novo comentário