João Semedo

João Semedo

Médico. Aderente do Bloco de Esquerda.

Chegou a hora da decisão. A minha expectativa é que a maioria do Parlamento corresponda à que é claramente a maioria no país, uma maioria favorável à despenalização.

Os últimos tempos são férteis neste vampirismo político dos nossos comentadores que mesmo quando se enganam são incapazes de se emendar.

A atual governação da saúde tem desiludido todos aqueles que esperavam como eu que, também na saúde, se operasse uma rotura com a política do anterior governo e isso, em grande medida, não se tem verificado.

Republicamos o texto que João Semedo escreveu sobre Óscar Lopes, nos cem anos do seu nascimento e em que destaca: “um depoimento sobre Óscar Lopes é um encargo difícil. A sua dimensão humana, intelectual e política não cabe nos limites de qualquer escrito”.

A direita perdeu, a esquerda ganhou mas é a “geringonça” que está em risco. Fantástico!

O PS beneficiou mais que os seus parceiros da “geringonça” de estar a governar num contexto nacional de grande apoio popular às mudanças políticas em curso impulsionadas pela esquerda parlamentar.

Rui Moreira, durante um debate eleitoral realizado recentemente, acusou-me de usar o caso Selminho para fazer uma campanha negra contra ele.

Este primeiro debate mostrou que os votos no PS e no PSD são votos que vão encher o "saco" de Rui Moreira, porque PS e PSD preparam-se para não respeitar a motivação dos eleitores que neles votaram.

As palavras de João Oliveira, desculpando um comportamento indesculpável e justificando o injustificável, colidem frontalmente com a tradição e os pergaminhos do PCP na luta contra o racismo e a discriminação.

O objetivo é legalizar e promover a morte lenta, proibir e penalizar morte assistida.