Boaventura Sousa Santos

Boaventura Sousa Santos

Sociólogo, professor universitário


Os EUA sabem que, no caso do Brasil, não há democracia bolsonarizada sem justiça morizada. Se alguém tiver de cair, que seja Bolsonaro, não Moro. Explica-se assim o interesse da direita nacional e internacional em continuar a propagandear Moro como o grande campeão da luta contra a corrupção. Por Boaventura Sousa Santos.

Nos EUA, “o país mais desenvolvido do mundo”, a primeira economia do mundo, o combate à pandemia é próprio de um Estado falhado, um conceito inventado pelo Norte global para designar (estigmatizar) alguns dos países do Sul global. Por Boaventura Sousa Santos

Boaventura Sousa Santos aborda neste texto o período pós-pandemia, sublinhando que “para já, é claro que o que chamamos pós-pandemia é, de facto, o início de um longo período de pandemia intermitente”.

Immanuel Wallerstein soube combinar de forma brilhante a objectividade científica e o compromisso com os deserdados da terra, uma atitude que sempre procurou incutir em todos nós. Por Boaventura de Sousa Santos.

Voltou a ser urgente reconstruir as esquerdas para evitar a barbárie. Como recomeçar? Eis uma lista de nove ideias.

A crise só deixa de ser destrutiva caso se transforme em oportunidade nova para as classes sociais que mais sofrem com ela. E, para isso, é necessário que os termos da crise sejam redefinidos de modo a libertar e a credibilizar a possibilidade de resistência.

Poderá surgir em Portugal algum adversário credível que impeça que um país seja levado à bancarrota pelas agências de rating?

 

Celebrou-se esta semana o Dia Internacional da Mulher. Os dias ou anos internacionais não são, em geral, celebrações. São modos de assinalar que há pouco para celebrar e muito para denunciar e transformar. 

Vista do Fórum Social Mundial, a crise do Norte de África significa o colapso da segunda fronteira da Europa desenvolvida. A primeira é constituída pela Grécia, Portugal, Espanha e Irlanda. Com as duas fronteiras em crise, o centro torna-se frágil.

O nervosismo dos mercados é um conjunto de especuladores financeiros, dominados pela vertigem de ganhar rios de dinheiro com a bancarrota do nosso país.