Moderna, Pfizer e BioNTech ganham, desde que começaram a comercializar estas vacinas, mil dólares por segundo. Apesar de grande parte do conhecimento ter sido produzido por instituições públicas e com investigação financiada pelos Estados, as farmacêutcas engalfinham-se na tentativa de obter mais lucros.
Emily O'Reilly criticou o desfecho do caso sobre as mensagens trocadas aquando da negociação da aquisição de vacinas. Avança com recomendações futuras que podem ser retiradas deste caso, como passar a considerar mensagens de texto documentos oficiais da UE.
Um novo estudo aponta que as vacinas terão evitado 19,8 milhões de mortes, no primeiro ano, e que, em Portugal, pode ter-se evitado mais de 126 mil mortes. O principal autor do estudo realça que “poderia ter-se feito mais", se não tivesse havido desigualdade dos países mais pobres.
A eurodeputada bloquista vai participar nos trabalhos desta comissão criada no âmbito do Parlamento Europeu para avaliar o impacto da resposta europeia à pandemia.
As grandes farmacêuticas tiveram lucros recorde com a pandemia, enriquecendo os seus acionistas ao mesmo tempo que impediam os países de baixos rendimentos de aceder às vacinas. Por John Nichols.
No início da cimeira UE/África, o bloqueio europeu à derrogação das patentes volta a ser alvo de contestação por parte dos que denunciam o “apartheid das vacinas”. Artigo de Jake Johnson.
Na atualização do seu relatório sobre desigualdade no acesso às vacinas, a Amnistia Internacional sublinha que as grandes farmacêuticas continuaram a pôr o lucro à frente das pessoas.
A cada segundo que passa, Pfizer e Moderna lucram 880€ pela venda das vacinas. Ao contrário do que prometem os arautos do mercado livre, o aumento da produção e a concorrência não baixaram os preços das vacinas.
Para a Big Pharma é mais rentável e seguro abastecer prioritariamente os países ricos, já que os governos do Norte financiam antecipadamente parte da produção e não têm problemas para pagar um preço alto. E é evidente que as grandes companhias farmacêuticas deram a esses países uma prioridade absoluta. Por Eric Toussaint.
O Sindicato Global de Enfermeiros chama “criminosos do covid” aos governos da União Europeia, Reino Unido, Suíça, Noruega e Singapura por continuarem a bloquear o levantamento de patentes na OMC.
A propósito da nova variante omicron, o ex-diretor geral da Saúde criticou os países ricos, pela distribuição desigual de vacinas e tratamentos médicos que expôs populações vulneráveis à covid-19, com as consequentes mutações que ameaçam o mundo inteiro.
O desenvolvimento e a produção de vacinas contra a Covid-19 foram quase inteiramente financiados pelos poderes públicos. Artigo de Éric Toussaint, terceira parte de “A destruição e o açambarcamento dos bens comuns”.
Não só o grande capital não partilha o conhecimento, como se apropria dele e depois cobra ao público por ele, artigo de Éric Toussaint. Segunda parte de A destruição e o açambarcamento dos bens comuns.
A Amnistia Internacional acusa as seis grandes empresas farmacêuticas produtoras de vacinas contra a covid-19 de recusarem participar em iniciativas para aumentar a oferta global de vacinas e de desvalorizarem o fornecimento aos países mais pobres.
O Nobel da Economia diz que os fabricantes de vacinas estão a limitar a produção “para manterem os preços altos”. Com isso atrasam a proteção da população mundial e abrem caminho a mutações mais perigosas, alerta.
As explicações sobre eficácia das vacinas têm estado centradas num só aspeto da imunidade, os anticorpos, descurando o papel das células T. Há uma boa notícia: as vacinas existentes estimulam estas células para combater as variantes do SARS-CoV-2 a longo prazo. Por Burtram C. Fielding e Dewald Schoeman.
“Não queremos ver desperdício de vacinas de reforço para pessoas saudáveis totalmente vacinadas” nos países ricos, enquanto em muitos países a população de risco nem a primeira dose recebeu, diz o presidente da Organização Mundial de Saúde.
O apelo da organização humanitária surge na sequência da aprovação total da vacina por parte das autoridades de saúde dos EUA. Pelo menos sete fabricantes em países africanos cumprem requisitos para fabrico deste tipo de vacinas.
O autoagendamento da vacina ficou acessível na segunda-feira aos maiores de 33 anos. Instituto Ricardo Jorge confirma que a variante delta vai tornar-se dominante no país em julho.
O PE apelou à suspensão temporária de patentes para facilitar o acesso global à vacina e medicamentos para a covid-19. “Esperemos todos que esse mandato seja respeitado”, escreve o eurodeputado José Gusmão. A votação teve lugar esta quarta-feira.
A ONG diz que a União Europeia, Reino Unido, Suíça e Noruega estão a tentar arrastar o processo de negociações na Organização Mundial do Comércio para o levantamento das patentes da vacina contra a covid-19.
A proposta aprovada esta semana apela ao executivo de Pedro Sánchez que defenda nos organismos europeus a proposta apresentada pela India e África do Sul na OMC.
O relatório divulgado esta quarta-feira defende um novo sistema internacional de resposta às pandemias e diz que a atual resposta à covid veio agravar as desigualdades.