A Associação de Vítimas de Pedrógão Grande defende que os 800 mil euros do Fundo Revita - que ainda não chegaram - sejam utilizados na proteção das aldeias e habitações da região contra futuros incêndios.
Incêndio deflagrou no sábado na zona montanhosa no interior da ilha, e apesar de grande aparato para combater as chamas foi considerado "incontrolável". Nove mil pessoas já foram evacuadas. Alterações climáticas e transformações sociais e económicas agravam a violência do fogo.
A recuperação do Pinhal de Leiria, consumido quase totalmente por um incêndio há dois anos, marca passo e gera divergências. Em comissão parlamentar, o agrónomo Ricardo Vicente e a autarca da Marinha Grande Cidália Ferreira concordaram numa coisa: muito está por fazer.
Dois anos após o incêndio que devastou 90% do Pinhal de Leiria, o Observatório que acompanharia a sua recuperação não reúne há meio ano. O engenheiro agrónomo Ricardo Vicente demitiu-se, denunciando a falta de apoio do governo e o abandono da mata.
A desvalorização dos alertas meteorológicos e a desmobilização dos meios do dispositivo de combate contribuíram para que as populações ficassem "entregues a si próprias". Tal como em Pedrógão, a negligência da EDP pode ter estado na origem do maior incêndio de outubro.
A associação ambientalista Zero deixa o alerta: o próximo ano será decisivo para conseguir evitar o pior que este ano afetou o país: os incêndios. Os danos foram ambientais, com a destruição de florestas e solos, mas a tragédia provocou ainda mais de cem mortes.
Os deputados José Manuel Pureza e Carlos Matias visitaram os três concelhos do distrito de Coimbra mais severamente afetados pelos incêndios: Oliveira do Hospital, Lousã e Penacova.
Segundo Pedro Soares, “só uma floresta ordenada, saudável, diversa e multifuncional é que pode ter racionalidade e sustentabilidade económica”. “Ao fim de centenas de milhares de hectares ardidos esta é cada vez mais uma evidência”, frisou. Bloco apresenta novas propostas para a reforma florestal.
As associações Zero, Quercus, LPN e Geota destacaram algumas medidas positivas, mas não escondem críticas a outros aspetos do pacote aprovado no Conselho de Ministros.
Catarina Martins alertou em Castelo de Paiva que as ajudas não podem ficar à espera do orçamento para 2018 e que “é preciso ter a coragem de afrontar interesses instalados e de ter um modelo de defesa da floresta e de combate aos fogos que funcione”.
Pelo menos 37 pessoas morreram e sete pessoas estão desaparecidas devido às centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia do ano em fogos. Linha telefónica de emergência: 800 246 246.
Leia aqui o relatório da comissão independente sobre os incêndios de junho que levaram à tragédia de Pedrógão Grande. O deputado bloquista Pedro Soares considera “óbvio” que há responsabilidades que o Estado deve assumir.
Denunciando a inoperância do Programa de Desenvolvimento Rural, o Bloco apresentou no Parlamento um conjunto de medidas para a prevenção e defesa da floresta contra incêndios, que irão a discussão na próxima sexta-feira.
Quercus sublinha que é “muito preocupante” que 26% dos municípios, entre os quais Alijó, Fundão, Vila de Rei, Castanheira de Pêra e Pedrógão Grande, não cumpram as suas obrigações no âmbito da Legislação de Defesa da Floresta Contra Incêndios.
Os interesses económicos nas florestas foram totalmente capturados pelas grandes empresas de celuloses. A legislação de Passos Coelho/Cristas, traduz a submissão a esses interesses, como nunca antes. Por José Sintra.
A oposição de direita, seguindo os passos de Passos, tem exibido que, com o desnorte da Troika, sem registo discursivo, os temas que suscitam elevação do debate é a invenção suicidária ou a aritmética da contabilização de cadáveres. Por José Sintra.
A Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve (Almargem) advertiu hoje que a serra de Monchique poderá tornar-se “um cenário do passado” por causa dos incêndios florestais como aquele que destruiu aproximadamente “4.000 hectares” na passada semana.
Catarina Martins ouviu as queixas de habitantes das aldeias afetadas pelos incêndios no concelho de Arouca e defendeu uma política de gestão coletiva da floresta, que garanta a rentabilidade e previna incêndios. A politica de eucaliptização do país tem de acabar, afirmou a coordenadora bloquista.
A Associação dos Baldios e Agricultores da Região de Viseu (Balagri) fez esta quinta-feira um apelo à "intervenção imediata” do governo para “adotar medidas de excepção de apoio os pequenos e médios produtores florestais afetados pelos incêndios ocorridos nas últimas semanas.
Associação de técnicos da proteção civil, que divulgou os dados, diz que estes números “não são da responsabilidade deste Governo, nem deste dispositivo operacional”, mas “de anos e anos de medidas estratégicas mal tomadas” e “decisões políticas de ordenamento florestal erradas”. Comissão parlamentar visita esta quinta-feira locais mais afetados pelos incêndios.
Na sequência dos incêndios que assolam várias zonas do país, a associação Zero defende a necessidade de cumprir a legislação da defesa da floresta contra incêndios, através da criação de um cadastro predial fiável e da aposta na prevenção nas áreas rurais.
Catarina Martins visitou este sábado dezenas de pessoas que ficaram desalojadas devido aos incêndios no Funchal tendo sublinhado que “há uma urgência muito grande na elaboração de um programa que permita recuperar as habitações destruídas para que as pessoas possam voltar às suas casas rapidamente”.