Na Grécia há incêndios descontrolados e várias localidades tiveram de ser evacuadas. Em três dias arderam 40.000 hectares. Em Itália também 700 pessoas tiveram de ser retiradas das suas casas na segunda-feira na ilha de Elba. E o incêndio de Tenerife ainda lavra, tendo sido deslocadas 12.000 pessoas.
Em Tenerife vive-se um dos incêndios mais complicados “dos últimos 40 anos”. No Canadá, a capital dos Territórios do Nordeste, Yellowknife, está ameaçada e tem ordem de evacuação. Dezenas de milhares de pessoas estão a ser obrigadas a abandonar as suas casas.
O incêndio que consumiu a cidade histórica de Lahaina, na ilha havaiana de Maui, é o mais mortal dos EUA no último século. Autoridades alertam que este desastre natural deixou uma sequela "altamente tóxica", bem como um abastecimento de água potencialmente contaminado.
No meio da desolação, com mais de 8 mil hectares afetados pelo incêndio, chegam também notícias de solidariedade. Imigrantes indianos distribuíram centenas de refeições e, inclusive, trouxeram gelo da capital para quem se dedica a combater as chamas.
Os grandes incêndios de Pedrógão Grande foram há seis anos. A distrital do Bloco lembra esse “ano catastrófico” e lamenta as perdas. E acrescenta que os governos do Partido Socialista “nada mudaram neste panorama”, acusando-os de se dedicarem a “criar ilusões e a enganar as populações rurais”.
A época de incêndios no Canadá começou mais forte do que nunca e há mais de 400 fogos ativos. Ardeu 15 vezes mais do que a média da última década e o fumo chega a várias cidades dos EUA. Por isso, Nova Iorque está com níveis de qualidade do ar piores do que Deli.
A Associação de Vítimas de Pedrógão Grande defende que os 800 mil euros do Fundo Revita - que ainda não chegaram - sejam utilizados na proteção das aldeias e habitações da região contra futuros incêndios.
Incêndio deflagrou no sábado na zona montanhosa no interior da ilha, e apesar de grande aparato para combater as chamas foi considerado "incontrolável". Nove mil pessoas já foram evacuadas. Alterações climáticas e transformações sociais e económicas agravam a violência do fogo.
A recuperação do Pinhal de Leiria, consumido quase totalmente por um incêndio há dois anos, marca passo e gera divergências. Em comissão parlamentar, o agrónomo Ricardo Vicente e a autarca da Marinha Grande Cidália Ferreira concordaram numa coisa: muito está por fazer.
Dois anos após o incêndio que devastou 90% do Pinhal de Leiria, o Observatório que acompanharia a sua recuperação não reúne há meio ano. O engenheiro agrónomo Ricardo Vicente demitiu-se, denunciando a falta de apoio do governo e o abandono da mata.
A desvalorização dos alertas meteorológicos e a desmobilização dos meios do dispositivo de combate contribuíram para que as populações ficassem "entregues a si próprias". Tal como em Pedrógão, a negligência da EDP pode ter estado na origem do maior incêndio de outubro.
A associação ambientalista Zero deixa o alerta: o próximo ano será decisivo para conseguir evitar o pior que este ano afetou o país: os incêndios. Os danos foram ambientais, com a destruição de florestas e solos, mas a tragédia provocou ainda mais de cem mortes.
Os deputados José Manuel Pureza e Carlos Matias visitaram os três concelhos do distrito de Coimbra mais severamente afetados pelos incêndios: Oliveira do Hospital, Lousã e Penacova.
Segundo Pedro Soares, “só uma floresta ordenada, saudável, diversa e multifuncional é que pode ter racionalidade e sustentabilidade económica”. “Ao fim de centenas de milhares de hectares ardidos esta é cada vez mais uma evidência”, frisou. Bloco apresenta novas propostas para a reforma florestal.
As associações Zero, Quercus, LPN e Geota destacaram algumas medidas positivas, mas não escondem críticas a outros aspetos do pacote aprovado no Conselho de Ministros.
Catarina Martins alertou em Castelo de Paiva que as ajudas não podem ficar à espera do orçamento para 2018 e que “é preciso ter a coragem de afrontar interesses instalados e de ter um modelo de defesa da floresta e de combate aos fogos que funcione”.
Pelo menos 37 pessoas morreram e sete pessoas estão desaparecidas devido às centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia do ano em fogos. Linha telefónica de emergência: 800 246 246.
Leia aqui o relatório da comissão independente sobre os incêndios de junho que levaram à tragédia de Pedrógão Grande. O deputado bloquista Pedro Soares considera “óbvio” que há responsabilidades que o Estado deve assumir.
Denunciando a inoperância do Programa de Desenvolvimento Rural, o Bloco apresentou no Parlamento um conjunto de medidas para a prevenção e defesa da floresta contra incêndios, que irão a discussão na próxima sexta-feira.
Quercus sublinha que é “muito preocupante” que 26% dos municípios, entre os quais Alijó, Fundão, Vila de Rei, Castanheira de Pêra e Pedrógão Grande, não cumpram as suas obrigações no âmbito da Legislação de Defesa da Floresta Contra Incêndios.
Os interesses económicos nas florestas foram totalmente capturados pelas grandes empresas de celuloses. A legislação de Passos Coelho/Cristas, traduz a submissão a esses interesses, como nunca antes. Por José Sintra.