Organizadoras reivindicam um novo modelo de cuidados, público e de qualidade, e destacam que se trata de um sector "feminizado, precarizado e racializado".
A iniciativa repetiu a histórica greve de 1975, quando 90% das mulheres na Islândia entraram em greve contra a desigualdade de género no país. Primeira-ministra é uma das grevistas desta terça-feira.
Sob o lema “Se as Mulheres Param, o Mundo Pára”, a Rede 8 de Março convoca a segunda edição da greve feminista para o próximo domingo. Além da greve ao trabalho assalariado, trabalho doméstico, a prestação de cuidados e ao consumo, existirão eventos em pelo menos dez cidades em todo o país.
A uma semana do oito de março, uma proponente das greves feministas explica como estas se tornaram gigantescas e também radicais, como inventam uma nova classe trabalhadora e como chocam com a essência da condição neoliberal. Artigo de Verónica Gago em Outras Palavras.
O encontro nacional da Rede 8 de Março teve lugar este domingo em Braga e decidiu convocar e organizar a próxima greve feminista internacional em 2020.
O 8 de março de 2019 foi a maior manifestação feminista que aconteceu no país. Aqui podem-se ver algumas das imagens do que se passou na manifestação de Lisboa.
Greve, manifestações, bloqueios de estradas, invasões de grandes superfícies comerciais, batucadas, leituras coletivas, piqueniques, acampamentos, bicicletadas, rotas turísticas do machismo e batismos feministas de ruas. São inúmeras as expressões da Greve Feminista Internacional em Espanha.
Realiza-se hoje a greve feminista de 8 de março, que abrange não só o trabalho assalariado como o trabalho doméstico, a prestação de cuidados, o consumo e o setor estudantil. Com a indignação em torno do juiz Neto de Moura, antevê-se boa mobilização nas manifestações anunciadas por todo o país. Há também greve ao trabalho em vários setores.
Os acórdãos do juiz Neto de Moura sobre violência doméstica geraram uma onda de críticas e indignação. O esquerda transcreve neste artigo algumas das passagens desses acórdãos. Para 8 de março está agendada uma Greve Feminista com manifestações em 12 cidades portuguesas. Artigo atualizado às 18h32 de 5.03.2019.
Neto de Moura infelizmente parece não perceber que o facto de não estar sujeito a ordens ou instruções não o isenta de julgar de acordo com a Constituição e a lei do país.
É a maré alta, como canta o nosso Sérgio Godinho, mas a dessa onda feminista que sacode o conservadorismo, a ortodoxia e o sectarismo incrustados nas rochas.
O STCC fez um pré-aviso para a greve feminista de dia 8 de Março, cujo manifesto foi apresentado pela rede 8 de Março. Estão abrangidas todas as pessoas que “prestem serviço na área dos call-center e contact center, seja em funções de front-office, back-office e afins, tal como nas áreas administrativas, IT's e afins, seja em regime de outsourcing ou outro”.
Sete ativistas explicam a importância da greve feminista internacional de dia 8 de Março e apresentam os seus eixos: greve ao trabalho doméstico e assalariado, greve ao consumo, greve estudantil, numa perspetiva antirracista e interseccional.
Depois do SNESup e do SIEAP, sindicatos do Ensino Superior e das Indústrias, Energia e Águas de Portugal, é a vez do STSSSS se juntar à greve feminista. Este sindicato emitiu um pré-aviso de greve para dia 8 de março pela eliminação das discriminações salariais.
No Manifesto, disponível para subscrição, a Rede 8 de Março apela à mobilização das mulheres em defesa dos seus direitos e contra a desigualdade, a violência machista e o conservadorismo. Porque as violências que sofremos são múltiplas, a Greve convocada também o é.
Imaginemos um dia em que as mulheres não vão ao supermercado, não vão trabalhar, não vão à escola, não vão à faculdade, não fazem tarefas domésticas, um dia de greve feminista.
O SNESup anunciou que, tal como já o fizera o SIEAP, vai apresentar um pré-aviso de greve para o dia 8 de março. No setor da Ciência e do Ensino Superior as assimetrias “são muito significativas” e agravam-se nos lugares cimeiros das carreiras.
O feminismo é uma coisa de mulheres e de homens. É por causa da democracia e dos direitos de todos/as que eu sou feminista e apoio a greve feminista de 8 de março.
Lisboa, Porto, Coimbra, Braga e Aveiro foram palco de iniciativas contra a violência machista. Este ano, 10 mulheres foram vítimas de femicídio. Sandra Cunha lembrou que “a violência doméstica é o crime que mais mata neste país”. Todavia, continua “a ser considerado um crime menor no nosso ordenamento jurídico”.