O China Labour Bulletin descobriu que a ACFTU, sindicato oficial da China, e os seus ramos locais estiveram ausentes das lutas dos trabalhadores da fábrica de iPhones e não negociaram condições de trabalho mais seguras. Sem um sindicato que os represente as suas vozes continuarão a ser marginalizadas em favor do capital.
A reeleição de Xi culmina um processo de centralização de poder sem precedentes mas não resolverá nenhum dos problemas com os quais o seu país e o seu regime estão confrontados. Por Pierre Rousset.
As tensões com os EUA levam Xi a dizer que o mercado deve desempenhar um “papel decisivo” economia e que a China aposta no multilateralismo e um seu ministro a dizer que se está “à beira de uma nova guerra fria” por causa do coronavírus mas que o país aceita investigação sem interferência política.
No código moral proposto pelo Partido Comunista Chinês há regras de etiqueta sobre como cantar o hino, apelos a ser “civilizado” em público e “defender a honra da China” quando se estiver no estrangeiros. O “pensamento de Xi Jinping” torna-se a bússola da conduta pretendida. Mao e Deng são omitidos.
Dez mil jornalistas e editores chineses serão obrigados a fazer um teste sobre “o pensamento de Xi Jinping”. A renovação da carteira de jornalista fica dependente do resultado obtido.
Os trabalhadores que produzem o iPhone na fábrica da Foxconn em Zhengzhou, na China, estão sujeitos a abusos que violam a própria lei laboral chinesa, afirma relatório de uma ONG que recolheu testemunhos e dados no local. Empresas admitiram alguns dos abusos.
Cidadãos e empresas recompensadas ou punidas pelo seu comportamento social: será isto um pesadelo saído de uma ficção distópica ou uma ferramenta para responsabilizar governantes e empresas? Artigo de Meg Jing Zen.
Artigos sobre alguns temas há muito que estavam inacessíveis. E a versão em mandarim já estava bloqueada desde abril. Agora, a proibição de acesso foi estendida a todas as línguas em que a enciclopédia colaborativa mundial é escrita. A Fundação Wikipedia diz que o mundo fica “mais pobre”.
O líder chinês visita a partir de hoje a Itália, que vai integrar o seu megaprojeto de construção de infraestruturas de transporte entre a China e a Europa. A nova rota da seda traz grandes investimentos, mas incomoda as elites políticas da Europa e EUA.
Na sessão anual da Assembleia Nacional da China, o primeiro-ministro Li Keqiang anunciou a previsão de crescimento do PIB para 2019 entre 6 e 6,5%, o mais baixo desde 1990, e medidas para “enfrentar” uma situação difícil, nomeadamente a guerra comercial com os EUA.
17,46 milhões de chineses estão impedidos de comprar bilhetes de avião e 5,47 milhões não podem comprar bilhetes de comboios de alta velocidade. O motivo: estão “desacreditados” segundo o sistema de crédito social que o governo chinês está a implementar no país.
A polícia da capital chinesa deteve na passada quarta-feira o chefe de um grupo de estudos marxistas da Universidade de Beijing, quando ia participar numa comemoração do aniversário do nascimento de Mao Zedong.
Em 2018, a China reconfigurou o poder, reforçando significativamente a liderança de Xi Jinping. Simultaneamente, o “Império do Meio” vem definindo uma estratégia de expansão mundial e exemplificou a aplicação prática do seu poder com a repressão implacável em Xinjiang. Por Carlos Santos
Agora que a vasta corte do presidente vitalício Xi Jinping abandonou Portugal, será porventura útil aclarar algumas referências chave sobre a potência oriental.
Campos de reeducação massiva para a minoria uigur, prisão de ativistas laborais e de jovens inspirados pelo legado político de Mao. Xi Jinping introduziu mudanças na forma de lidar com a dissidência. Esta é a segunda parte do retrato sobre a China dissidente.
Jovens comunistas, a minoria muçulmana, novos pobres urbanos, LGBTQ+, feministas, grevistas e sindicalistas. São uma China diferente, tão longe das imagens orientalistas ocidentais quanto dos discursos oficiais.
O Bloco não participará nas cerimónias relacionadas com a visita Xi Jinping, uma vez que “nada mudou desde 2010, continua o desrespeito pelos direitos humanos e a repressão”.
A China continua a ser o país onde mais pessoas são executadas. Segundo a Amnistia Internacional, todos os anos são condenadas à morte e executadas milhares de pessoas na China, mais do que no resto do mundo.