Zuraida Soares

Zuraida Soares

Dirigente do Bloco de Esquerda. Deputada à Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, entre 2008 e 2018.

O povo grego foi na última semana chantageado de forma absurda. Um povo exausto de tanta privação, que se confronta com falta de comida na mesa, que não tem acesso a cuidados de saúde, que vê os seus jovens a emigrar, ainda é acusado de andar a gastar o dinheiro dos povos da Europa.

Um voo que deveria sair de Ponta Delgada às 9h25, com destino a Lisboa, acabou por só se realizar no dia seguinte, pelas 8h00. O motivo foi o facto do técnico responsável pela ‘assinatura’ que autorizaria o avião a levantar voo... não estar, nem em S. Miguel, nem em nenhuma das ilhas dos Açores!

Era uma vez, duas vaquinhas – Cornélia e Mimosa – que passavam os dias a pastar, serenamente, num dos locais mais belos do mundo: as margens da Lagoa das Furnas.

O Governo regional e o PS pretendem, não só fugir à responsabilidade política do acidente mortal ocorrido em São Roque do Pico, como atropelam, com a sua maioria, o parlamento dos Açores.

O Presidente do Governo Regional apresentou, no Dia da Região, para o aprofundamento da Autonomia e da Democracia. Escolheu muito bem este ‘Dia’, para apresentar as suas reflexões sobre esta matéria. Pena é que tenha sido tão limitado nas matérias que abordou.

Em Agosto do ano passado, deu entrada, na Assembleia Legislativa dos Açores (ALRA), uma Petição, solicitando “a imediata anulação e rápida devolução das coimas já aplicadas e cobradas sobre o gasóleo agrícola, utilizado pelas carrinhas agrícolas e agro-pecuárias”.

Fora diversas medidas para apoio a desempregados/as e programas de ocupação sustentados por dinheiros públicos, o número de trabalhadores a tempo inteiro, nos Açores e no último ano, diminuiu, e o novo emprego é, preferencialmente, a tempo parcial.

PSD e CDS, muito (in)coerentemente, chumbaram, na República, exatamente aquilo que clamam, alto e bom som, nos Açores.

António Costa lançou, há alguns meses atrás, a ideia de uma “leitura inteligente do Tratado Orçamental”. Aqueles/as que, como eu, defendem a necessidade de cortar com o Tratado, embora desconfiando da viabilidade de tal “inteligência”, aguardámos pela demonstração do ‘milagre’.

A cada dia que passa, os/as açorianos/as são ainda mais surpreendidos/as, com as demagogias do Governo Regional.