Roberto Almada

Roberto Almada

Técnico Superior de Educação Social. Ativista do Bloco de Esquerda.

Defenderei na Convenção Regional do BE/Madeira que seja traçado um caminho de afirmação de uma estratégia própria, assente na defesa de um programa alternativo próprio, que ouse ir mais além da mera alternância sem alternativa.

Defender a Autonomia é exigir a Solidariedade do Estado, mas é exigir também que o Governo Regional cumpra com as suas responsabilidades.

A verdade é que se o Orçamento não é melhor é porque o PSD/CDS alinharam e atiçaram a chantagem das instâncias europeias sobre Portugal.

Na Região da Madeira, a situação é de crise humanitária severa e de retrocesso social, em moldes que nos transportam à década de 30 do século passado.

A austeridade e os sacrifícios sobre os madeirenses continuam.

A Escola Pública não ganha nada com este Projeto que é incompatível com o conceito de Educação Libertadora. E como disse Paulo Freire, esse grande Mestre dos Pedagogos, “quando a Educação não é Libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”!

Albuquerque vai continuar a jurar que não tem nada a ver com o que o seu partido fez na Madeira, apesar dele (ou teria sido o seu clone?!) ter sido vice-presidente de Jardim na direção do PSD, deputado indicado por Jardim, Presidente da Câmara do Funchal, sempre com o apoio de Jardim.

Vivendo a Madeira debaixo de um Programa de Ajustamento Financeiro (PAEF) que, por irresponsabilidade do governo regional do PSD Madeira, lançou milhares de madeirenses na miséria e exclusão social, o que faria um governo regional do PS?!

Há alguns anos o Governo Regional apresentou-nos a liberalização da linha aérea para a Madeira como a melhor coisa "do mundo e arredores". Na altura, na Assembleia, contrariei esta ideia e afirmei que a cessação das obrigações de serviço público, por parte da TAP, iria trazer graves prejuízos aos madeirenses e porto-santenses. Infelizmente tinha razão.

O Paulo Martins já não está entre nós, mas a sua Luta e o seu exemplo permanecerão vivos na memória dos que com ele conviveram, com ele lutaram e de uma parte significativa dos madeirenses e porto-santenses.