Roberto Almada lembrou esta segunda-feira que ao contrário do que se passa nos Açores e no continente, na Madeira ainda é possível “que um deputado um dia aprove uma lei que no dia seguinte pode beneficiar enquanto empresário”.

Num jantar-comício na Madeira, Mariana Mortágua vincou que o líder do Chega “não condena os crimes racistas e violentos” porque “os promove explicitamente com o seu esforço”. Para a coordenadora do Bloco, “a extrema direita é violência, é ódio, é crime”.

A maioria dos jovens ganha pouco ou nada com descidas do IRS e do IMT, mas tem muito a perder com cortes nos serviços públicos, com a aposta cada vez maior em serviços privados em áreas como a saúde, com as políticas que promovem a especulação imobiliária.

Numa carta, seis membros do Conselho Nacional demarcam-se “completamente” da situação, dizem-se contra a “atitude sectária” e defendem “um grande 1º de Maio, onde são bem-vindas todas as organizações que partilham connosco causas comuns, como eram aquelas que foram impedidas de se juntarem à manifestação no Porto”.

O partido escreveu aos três canais televisivos apontando a sua “manifesta ilegalidade”, tendo em conta as decisões anteriores da CNE e da ERC. Assim, apela-se à sua retirada ou o Bloco apresentará uma providência cautelar “para que este debate seja realizado nos termos da lei”.

No primeiro dia das jornadas parlamentares bloquistas na Madeira, o partido apresentou três projetos de lei e dois projetos de resolução com medidas para prevenir e combater a corrupção dos titulares de cargos políticos e altos cargos públicos.

Mais de uma centena de ativistas e imigrantes participaram na concentração convocada pela SOS Racismo e outros coletivos daquela cidade em repúdio pelos ataques racistas da véspera a imigrantes magrebinos. 

Fotos de Ana Mendes.

Jornadas parlamentares bloquistas começaram com visita à Praia Formosa, cujos projetos imobiliários estão no centro do escândalo de corrupção na Madeira. Propostas do Bloco querem "pôr Portugal na rota dos bons exemplos" e incluem a antecipação da meta da neutralidade carbónica para 2045.

Os agressores atacaram na madrugada de sexta-feira. A polícia identificou seis suspeitos e suspeita que têm ligações à extrema-direita, nomeadamente ao “Grupo 1143” liderado pelo neonazi Mário Machado.