Mariana Mortágua

Mariana Mortágua

Deputada. Dirigente do Bloco de Esquerda. Economista.

Por ano, o Estado gasta com a manutenção de dois submarinos de utilidade duvidosa mais de metade do que investe nos concursos de apoio à criação artística.

Não há, em nenhum dos três volumes do Capital, encontro marcado com o fim do sistema capitalista. Há, sim, fragmentos que formam a sua mais lúcida e desassombrada análise.

Neste resumo da sua intervenção na Conferência dos 200 anos de Marx, Mariana Mortágua destaca a perspetiva de classe e o carácter monetário do processo produtivo como elementos do pensamento marxista indispensáveis para analisar as crises do capitalismo.

A EDP paga poucos impostos porque faz planeamento com a complexa teia de leis fiscais existentes, aqui e noutros países. Leis essas que o PSD não só defende, como deseja tornar mais permissivas.

A Altice, uma multinacional sentada em cima de 50 mil milhões de dívida, está a canibalizar a maior empresa de telecomunicações portuguesa, e prepara-se para fazer o mesmo com a televisão líder de mercado, a TVI.

O Governo tem de se comprometer com o sucesso do PREVPAP. Há milhares de pessoas à espera, este não é tempo para recuos e muito menos para deitar tudo a perder.

Falta saber muito sobre o programa do PSD, mas já sabemos muito sobre Rio, e dificilmente pode alguém ser quem não é.

O que importa é que nada mudou em Wall Street, e que os bancos centrais criaram a sua própria armadilha ao viciarem os mercados em dinheiro barato que serviu para alimentar bolhas que podem rebentar à menor ameaça de mudança de política.

A mudança política em 2015 abriu um parêntesis na ofensiva neoliberal em Portugal. Para que não se feche, este parêntesis implicaria opções precisas, hoje ausentes e, portanto, uma diferente relação de forças entre o PS e a esquerda.

A eutanásia não é uma escolha sobre a morte. É sobre a liberdade de decidir como queremos viver uma morte quando esta se afigura insuportavelmente inevitável.