O Iraque 12 anos depois da invasão

Foi há 12 anos que as tropas comandadas pelos EUA e o Reino Unido invadiram o Iraque, numa ação militar que parecia um passeio e se tornou no pior dos pesadelos. Um inferno desde logo para o massacrado povo iraquiano, mas também para Washington, que acumula desastres e hoje, 3 anos depois da saída das suas tropas, assistiu impotente às vitórias do Estado Islâmico e ao crescimento da influência do Irão. Esse é o tema deste dossier, coordenado por Luis Leiria.

22 de março 2015 - 10:16
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Doze anos depois da invasão, o país está irreconhecível. Mas não por ter sido varrido por uma “onda de democracia”, como prometia George W. Bush e repetiam os seus fiéis seguidores, alguns cujas bravatas ficaram famosas em Portugal. O Iraque de 2015 é diferente porque, depois de terem praticado tantos crimes de guerra, as tropas dos EUA retiraram-se em 2011 e agora Washington assiste impotente ao crescimento da influência no país do ex-membro do “Eixo do Mal”, o Irão, política e militarmente. O Iraque de 2015 é um país dividido, com um terço do território sob o controlo do Estado Islâmico, uma organização que ofuscou a Al-Qaeda pelo seu poder militar – conseguido com o financiamento dos ricos dos estados do Golfo – e pela sua gestão da selvajaria.

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