Saúde

Federação Nacional dos Médicos leva dez pontos de negociação para a reunião com o Ministério da Saúde na sexta-feira. Bloco de Esquerda considera que a direção executiva do SNS agora demissionária “serviu de biombo para o Ministério se esconder e se escudar das responsabilidades de decisão política”.

A atual ministra da Saúde liderava a administração do hospital que levou ao encerramento do serviço contra a vontade dos médicos. Oito especialistas saíram entretanto para o privado.

A Federação Nacional dos Médicos solicitou uma reunião urgente com a Ministra da Saúde. Fixação de médicos no Serviço Nacional de Saúde, horário de trabalho de 35 horas e medidas para assegurar médico de família a todas as pessoas são alguns dos temas a abordar.

No ano passado, os profissionais de saúde realizaram 16,9 milhões de horas extraordinárias. A estas juntaram-se mais seis milhões de horas de trabalho por parte de tarefeiros, sobretudo médicos.

Número de notificações de infeções sexualmente transmissíveis aumentou em Portugal e na Europa, mas o nosso país deixou de ter um plano estratégico para a prevenção e controlo destas doenças.

Direção-Geral da Saúde encara o anonimato de doentes com infeções sexualmente transmissíveis como entrave à interrupção das cadeias de transmissão. Grupo de Ativistas em Tratamento diz que a medida é contraproducente e ineficaz.

 

Sociedade Portuguesa de Diabetologia alerta para o atraso do Governo na entrega das bombas de insulina de última geração aos utentes. Anúncio foi feito em maio de 2022, mas só esta semana avançou o concurso público para a aquisição.

A falta de médicos que levou ao encerramento de vários Serviços de Urgência está a agravar-se em vários hospitais do país. Desta vez, "não foi preciso os médicos atingirem as 150 horas" extraordinárias para o problema ser visível.

Investigadores da Universidade de Oxford publicaram na revista Lancet uma análise de treze estudos realizados em países desenvolvidos que privatizaram a gestão hospitalar. O que se poupou na despesa pagou-se caro no excesso de mortalidade.

Funcionários, auxiliares e técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica concentraram-se à porta do hospital gerido por uma PPP e exigem as 35 horas semanais para todos, mais contratações e valorização de carreiras e salários.

Enquanto o quarto candidato da AD em Lisboa promete lutar por um novo referendo e se gabou das dificuldades impostas pelo último governo da direita às mulheres que recorriam à IVG, as obstetras Ana Campos e Maria José Alves defenderam o alargamento do prazo, a regulamentação da objeção de consciência e o fim da obrigatoriedade do período de reflexão de três dias. 

Mais de vinte internistas do Hospital de Cascais, gerido em PPP, subscrevem uma carta onde afirmam que está "em risco a prestação de cuidados a doentes com patologia neurológica”. Há apenas uma neurologista no hospital e a maior parte do trabalho de neurologia é assegurado por clínicos de medicina interna. 

Mariana Mortágua frisou que é preciso pôr em prática medidas que privilegiem os cuidados de saúde primários, com serviços de proximidade e equipas de saúde familiar multidisciplinares. “Ninguém se engane: temos de os travar - a AD, IL e Chega - se quisermos salvar o SNS em Portugal”, alertou.

Os especialistas dizem que as consequências de cerca de 80% dos médicos dos hospitais privados serem do Serviço Nacional de Saúde são que este “começa a ficar desnatado em algumas especialidades”, o que constitui uma “espécie de privatização subtil do SNS”.

A associação que junta figuras de vários quadrantes da esquerda apresentou um relatório com propostas para a política de saúde que assegure "o acesso, a equidade e a qualidade dos cuidados de saúde para dar melhor resposta às atuais necessidades da população".

Os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica do SNS estão em greve nos dias 21 e 22 de fevereiro. Lutam pelo correto reposicionamento remuneratório da carreira e por melhores salários. Mariana Mortágua diz que “não há razão para a guerra que a maioria absoluta abriu contra estes trabalhadores”.

Dados do Banco de Portugal e do INE vão mesmo sentido. Os médicos de saúde pública dizem que é um indicador dos problemas do SNS e querem que “um investimento cabal” nos cuidados primários seja prioridade para o próximo Governo.

Bruno Maia responde aos “princípios gerais vagos” que o PS apresenta no programa sobre condições de trabalho dos profissionais de saúde. Classifica de “inútil” a proposta de obrigar especialistas a ficar algum tempo no SNS por já ser aplicada em alguns casos e “esses médicos preferem pagar as indemnizações ao Estado para sair”.

Em 2023, 54% das reclamações apresentadas no setor da saúde são provenientes do setor privado, segundo um relatório do Portal da Queixa.

O pedido da fiscalização da constitucionalidade foi entregue pela FNAM e o Ministério Público encaminhou-o ao seu coordenador junto do Tribunal Constitucional.