Segundo o Portal da Queixa, as reclamações relacionadas com a saúde diminuíram 7% entre 2022 e 2023. Das 3.736 queixas registadas no Portal, o setor privado é responsável por 54% das reclamações.
Demoras no atendimento (representam 21,5% das queixas) e tratamento indevido (17,5%) foram os principais motivos que levaram os utentes a reclamar.
Há também utentes que se queixaram da falta de informação, “nomeadamente a dificuldade de obter resultados de exames e relatórios médicos que as instituições têm a obrigação de disponibilizar”, segundo avançou o jornal Público.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi a entidade que reuniu mais queixas no Portal, seguido da rede privada de clínicas Swiss Dental Services (12%), da Saúde CUF (9,2%), o grupo Lusíadas Saúde (6,6%) e o Hospital da Luz (5,8%).
Já no caso dos prestadores públicos, os hospitais e maternidades recolheram 56,1% das queixas dos utentes.
No entanto, se compararmos com as reclamações registadas em 2022 pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), os números disparam. A ERS recebeu mais de 79 mil reclamações, das quais o tema “Acesso a cuidados de saúde” é o mais frequente nos prestadores do setor público sem internamento. No setor privado o principal motivo de queixa foi por questões financeiras, independentemente da tipologia de cuidados. “Nos prestadores do setor social com internamento, o tema “Cuidados de saúde e segurança do doente” é o mais mencionado, enquanto os “Procedimentos Administrativos” são o tema mais frequente nos prestadores do setor social sem internamento.”, segundo relatório da ERS.