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Troika: Três anos a desmantelar o Estado Social e a destruir o país

Em maio de 2011 foi assinado o memorando com as condições do empréstimo a Portugal. Três anos depois, todos os indicadores demonstram que a receita da austeridade só tem resultado em mais recessão e na agudização sem precedentes das condições de vida dos portugueses. Dossier coordenado por Mariana Carneiro.

O esquerda.net republica este dossier, com artigos sobre as consequências de três anos de aplicação, por parte do governo de Pedro Passos Coelho e Paulo Portas, das políticas austeritárias exigidas pela troika.  Os desvios entre as previsões do memorando e a realidade, a delapidação da Escola Pública e do Serviço Nacional de Saúde (SNS), em benefício de interesses privados, os cortes nos apoios sociais, a precarização das relações laborais e o aumento desmesurado do desemprego, a par da progressão do desinvestimento público em Cultura, estarão aqui em análise. No dossier é ainda incluído um artigo sobre  o que o governo tem para oferecer ao país após o término do programa de ajustamento.

Sobre o/a autor(a)

Socióloga do Trabalho, especialista em Direito do Trabalho. Mestranda em História Contemporânea.
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Neste dossier:

Troika: Três anos a desmantelar o Estado Social e a destruir o país

Em maio de 2011 foi assinado o memorando com as condições do empréstimo a Portugal. Três anos depois, todos os indicadores demonstram que a receita da austeridade só tem resultado em mais recessão e na agudização sem precedentes das condições de vida dos portugueses. Dossier coordenado por Mariana Carneiro.

Memorando da troika e realidade, o desastre económico e social

A produção em Portugal caiu para o nível de 2000, o desemprego disparou lançando centenas de milhares de pessoas no desespero e, no entanto, os objetivos apresentados por troika e governo falharam, com a dívida a subir a níveis jamais atingidos.

Degradar a escola pública para favorecer privados

Nos últimos anos, o governo retirou 40 mil professores à escola pública e cortou mais de 1300 milhões ao seu orçamento. O objetivo é promover o negócio dos grupos privados, feito sempre à custa dos contribuintes.

Governo agrava a saúde dos portugueses em nome da austeridade

Cortes orçamentais, intensificação do despedimento de funcionários e profissionais do SNS e crescente precarização laboral, favorecimento dos grupos privados. Esta é a receita da troika e do governo PSD/CDS-PP que se traduz na delapidação do SNS e no agravamento da saúde dos portugueses.

Apoios sociais: cortar, cortar e cortar

Quem se lembra do guião da reforma de Estado de Paulo Portas? Vítimas maiores da austeridade foram os reformados e pensionistas, que desde 2010 perderam quase 20% do poder de compra.

Trabalho e emprego: a situação económica e social mais crítica da história recente

A comparação dos objetivos anunciados em maio de 2011 com os resultados em novembro de 2013 poderia parecer uma piada, se não fosse uma tragédia. Segundo a OIT, Portugal sofreu a mais significativa deterioração do mercado de trabalho entre os países europeus, depois da Grécia e de Espanha.

Cultura na era da troika

As políticas públicas de Cultura, devido ao seu relativo atraso histórico de implementação no país, apresentavam, à data da entrada da troika no país, uma fragilidade estrutural que não permitiria ao setor resistir a um redobrado esforço de austeridade.

E depois da troika... a troika!

Nos últimos dias, PSD, governo e presidente da República levantaram a ponta do véu sobre o programa escondido que têm para o país. O que o governo tem para oferecer é nada mais nada menos do que: austeridade e austeridade e mais austeridade. A austeridade permanente. Artigo de Mariana Carneiro.