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Sérgio Monteiro gastou 16 milhões em assessorias para vender Novo Banco
No total, o Banco de Portugal gastou 25 milhões de euros em 2014 e 2015 em assessorias para gestão do processo do Banif e Novo Banco. Apenas no ano passado, foram gastos 16 milhões para o processo de venda liderado por Sérgio Monteiro.
Sérgio Monteiro com Pedro Passos Coelho, foto de Estrela Silva, Lusa
O jornal Público analisou os relatórios de contas do Banco de Portugal e do Fundo de Resolução e concluiu que “só no ano passado, o Banco de Portugal terá gasto mais de 16 milhões de euros em pagamentos a consultoras, bancos de investimento e gabinetes de advocacia para colocar no mercado o Novo Banco, retirando-o do estatuto de banco de transição.”
Estes valores estão nos relatórios de atividade do BdP e do Fundo de Resolução relativos a 2014 e 2015, não estando ainda disponíveis os valores relativos a 2016.
Os números não são novos, já eram conhecidos na sua maioria, mas permitem criar perspetiva sobre as funções de Sérgio Monteiro, o ex-secretário de estado de Passos Coelho contratado pelo Banco de Portugal em 2015 para dirigir a venda do Novo Banco, função pela qual recebeu 458 mil euros por ano e meio de serviço.
Em 2014, o banco terá gasto dois milhões de euros, e outros sete milhões em 2015. Paralelamente, o Fundo de Resolução gastou 9,7 milhões apenas em 2015. De tudo isto, diz ainda o Público, “os encargos apenas com advogados, ultrapassaram os dez milhões de euros, dos quais seis milhões em 2015 e 4,6 milhões em 2016.”
As entidades contratadas que receberam a maior parte das verbas foram o Deutsche Bank, o BNP Paribas - estes dois com honorários de 15 milhões -, a TC Capital e a Vieira de Almeida & Associados (1,5 milhões); a sociedade de advocacia britânica Allen &Overy “terá recebido, em dois contratos, 2,1 milhões de euros”. Estes dois escritórios são os mesmos que montaram a estrutura jurídica que levou à resolução bancária do BES.
A Cuatrecasa, Gonçales Pereira & Associados receberam 245 mil euros para apoio no processo Novo Banco e Banif.
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Onde pairam as vozes de todos
Onde pairam as vozes de todos na AR e na sociedade que palraram, gritaram exigindo a demissão do presidente do Eurogrupo por ter ofendido o ego dos mesmos e perante o Governador de Portugal que pagou ao Sérgio Monteiro, o ex-secretário de estado de Passos Coelho 458 mil euros por ano e meio de serviço, alegando que era para "dirigir" a venda do Novo Banco, mas que na verdade foi para entregar a parte respectiva aos implicados, preferem activar o vosso défice de incongruência que move o estatuto de office boy?
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