Apesar da proposta ter sido reprovada no último Encontro Nacional de Direcções Associativas (ENDA) que decorreu esta segunda-feira, no Porto, a Associação Académica de Coimbra (AAC) vai acampar à porta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES) juntamente com outras academias subscreveram a proposta.
Assim, ao protesto deverão juntar-se pelo menos os estudantes e dirigentes estudantis da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), da Associação Académica da Escola Superior de Educação de Coimbra (AESEC) e da Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUA).
Esta é uma das várias medidas de protesto dos alunos do Ensino Superior de Coimbra, aprovadas em reunião magna. Os estudantes prometem “só desmobilizar depois da publicação das normas técnicas do novo regulamento de atribuição de Bolsas”, adiantou ao Diário Económico o presidente da AAC, Miguel Portugal.
No ENDA os estudantes decidiram entregar uma proposta de normas técnicas do novo regulamento de atribuição de bolsas ao MCTES e à Direcção Geral do Ensino Superior (DGES), assim como a entrega de uma proposta de normas técnicas aos representantes locais do governo, ou seja, ao governo civil. Ricardo Morgado afirma que essa proposta é “realista e exequível, o que não acontecia há muito tempo”. “Fizemos num dia o que o MCTES e a DGES andam a fazer há um mês”, acrescenta o presidente da Federação Académica do Porto.
Segundo o jornal universitário de Coimbra “A Cabra”, o que será também entregue em todas as capitais de distrito, nos governos civis, é um cheque de 98,60 euros (o mesmo valor atribuído à bolsa mínima) “com o intuito de suportar as horas extras de trabalho do senhor ministro do MCTES e do director geral do Ensino Superior, para que possam dessa forma finalizar o regulamento de atribuição de bolsas pelo qual nós estamos à espera há muitos meses”, assegurou Miguel Portugal.
O problema é que há estudantes que ainda não sabem se poderão vir a frequentar a faculdade onde estão inscritos porque não sabem se terão ou não bolsa e qual o seu valor, alertam os dirigentes estudantis, que também já avançaram com um pedido de reunião urgente com o primeiro-ministro José Sócrates.
Além disto, os dirigentes estudantis exigem o congelamento, já neste ano lectivo, do preço da refeição social e do alojamento em residência universitária, que subiram desde o passado dia 1 de Outubro para 2,4 euros e 71,25 euros, respectivamente.
Coimbra aprova manifestação para dia 17 de Novembro
Quanto à manifestação prevista para 17 de Novembro, aprovada pelos estudantes de Coimbra, Miguel Portugal afirmou que se trata de “uma deliberação da Assembleia Magna e é óbvio que a AAC está a fazer todo o trabalho nesse sentido". Mas "vamos, antes de falar com as outras associações de estudantes, esperar pela saída das normas técnicas”, disse ainda Miguel Portugal, citado pelo jornal “A Cabra”.