O corte do “rating” da dívida soberana portuguesa para “lixo”, por parte da agência de notação Moody's, provocou o colapso da bolsa de Lisboa e levou os juros da dívida a bater novos recordes, nomeadamente no prazo de três anos, o período do acordo com a troika.
Os juros sobre as Obrigações do Tesouro a três anos, no mercado secundário, atingiram 19,142%, tendo subido num dia mais de cinco pontos percentuais, na véspera estavam a 14,069%. Noutros prazos os juros dispararam igualmente, a dois anos passaram num dia de 13,511% para 17,88% e a cinco anos subiram 3,521 pontos percentuais num dia para 16,611%. A dez anos, os juros subiram para 13,062%. Na zona euro também os juros de Espanha, Itália e Grécia foram fortemente penalizados, sem bater recordes, como aconteceu com Portugal.
Na bolsa de Lisboa, o índice PSI 20 baixou 3,03%, a maior queda desde Maio de 2010. As maiores quedas foram nos bancos, tendo o BCP sofrido a maior, com uma baixa de 6,85% na sua cotação. BCP e BPI caíram 5,68% e 5,95%, respectivamente.