Está aqui
Corte do rating é a resposta dos mercados à austeridade
A decisão da agência de notação de afundar em quatro níveis o rating foi explicada pela própria com o risco de Portugal necessitar de um novo pacote de empréstimos. Em declarações à Lusa, João Semedo diz que este corte "é a resposta dos mercados" às medidas de austeridade anunciadas por Passos Coelho no debate do programa de governo.
Em reacção ao anúncio da Moody's, João Semedo defendeu que “não são as políticas de austeridade nem de recessão económica – as políticas da troika, deste governo e do anterior governo – que acalmam e põem cobro à especulação financeira dos mercados e das agências de rating, bem pelo contrário”. E sublinhou ser “particularmente significativo de que a especulação financeira não termina com as políticas de austeridade” dando como exemplo o corte de 50% no subsídio de Natal, que considerou ser “um brutal agravamento da austeridade”.
“Ao contrário do que o anterior e este governo têm dito e prometido aos portugueses, o combate à especulação financeira, que degrada a situação económica e financeira dos países mais frágeis como Portugal, exige outro tipo de medidas, não programas de austeridade e recessão que enfraquecem as possibilidades da economia do País aos olhos dos especuladores e dos mercados financeiros”, concluiu o deputado do Bloco eleito pelo Porto.
Também José Manuel Pureza, subscritor de uma queixa-crime na Procuradoria Geral da República contra as agências de rating, reagiu ao anúncio na sua página no Facebook. "Sinto que fiz bem ao associar o meu nome à apreciação queixa judicial contra estas agências. E quando juntei a minha voz a tantos contra o caminho de crueldade económica imposto pela troika". Para o ex-líder parlamentar bloquista, este é "o caminho da Grécia, sem tirar nem pôr", com as agências de rating a pressionarem para um novo empréstimo e "medidas de austeridade ainda mais severas".
Outro dos subscritores da queixa foi o economista José Reis, que não ficou surpreendido com a notícia "porque este processo é ilógico, irracional e insustentável". Para o director da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, as agências de rating "são insaciáveis porque o que preconizam é pôr mais crise em cima da crise". "Espero que o Governo veja que não vale a pena apostar só na austeridade. Tomou uma medida tão violenta, como o imposto extraordinário, e a agência de rating marimbou-se nisso. Foi um balde de água fria para o Governo", acrescentou José Reis.
Comentários
Enquanto o Bloco não quiser
Enquanto o Bloco não quiser assumir que a privatização de bens públicos, a desmontagem do Estado social e a supressão dos direitos laborais, económicos e sociais dos trabalhadores são tanto objectivos da troika como objectivos próprios deste governo; enquanto o Bloco não quiser assumir que este governo não comete “erros”, pelo contrário, tem agora a oportunidade única de fazer aquilo que os seus mentores sempre pretenderam: a extinção, de uma vez por todas, dos efeitos ainda vigentes do 25 de Abril, e a regressão do país à situação social anterior à revolução; enquanto o Bloco não quiser assumir que este governo não é o representante da população, mas sim o agente em Portugal da grande finança estrangeira e nacional, que lhe entregará o país numa bandeja e que essa é a sua função; enquanto o Bloco não quiser assumir esta realidade e não mudar o seu discurso em conformidade, ficando-se pela indignação na Assembleia e pelo apelo à sensatez, então não haverá mesmo nada a fazer.
Ou eu não percebi o que
Ou eu não percebi o que escreveu, ou então não tem estado atento... se há coisa que o BE tem feito é assumir que o PSD e PS o que querem é entregar o país às grandes empresas, desfazerem-se dos bens públicos (não confundir com empresas públicas) e extinguir com os valores do 25 de Abril... o BE tem feito isto desde há muito tempo. Aliás, eu até penso (se estiver enganado digam-me) foram esses os motivos que levaram ao surgimento do BE.
Caro RC, desculpe, só hoje vi
Caro RC, desculpe, só hoje vi a sua resposta. Eu tenho estado, dentro do possível, atento, e o que quero dizer, em síntese, com o meu comentário, é que eu vejo aquilo que se está a passar em Portugal, pura e simplesmente como o culminar de uma luta de classes, que começou no dia 26 de Abril de 1974, e cujo objectivo era, e é, o regresso ao dia 24; penso que só desta forma se pode compreender a actual realidade portuguesa e só desta forma se pode encontrar o caminho para a enfrentar. Veja, quando Passos Coelho, para além dos acordos feitos com a troika, retira inesperadamente metade do subsídio de Natal às famílias portuguesas e surge imediatamente Ricardo Salgado em sua defesa, então não pode haver lugar a mais quaisquer ilusões. E repare, por favor, que eu não disse, que o Bloco não sabe isto; o que eu disse foi que não o está a assumir, e, com todo o respeito, mantenho o que disse.
Creio que as agências de
Creio que as agências de rating são uma fraude. Caso não sejam devemos pura e simplesmente adoptar políticas opostas às que temos tomado. Provavelmente as agências de rating estão a marimbar-se para a austeridade (Grécia e Portugal cada vez com mais austeridade e cada vez com piores ratings) e o que querem é medidas que façam crescer a economia e que criem emprego (onde estão essas medidas no programa do Governo???).
“não são as políticas de
“não são as políticas de austeridade nem de recessão económica – as políticas da troika, deste governo e do anterior governo – que acalmam e põem cobro à especulação financeira dos mercados e das agências de rating, bem pelo contrário”. Acho péssimo q se fale assim, pois isto subentende q os cortes das agências de rating têm alguma coisa de racional, quando não têm - isto é um ataque especulativo e é isso q o BE tem q denunciar. Num discurso à parte deve continuar a criticar as políticas de austeridade impostas pela troika e subscritas pelo governo. Se houvesse renegociação da dívida e reforma fiscal à séria, incluindo impostos à banca - q seria o caminho certo - as agências de rating tb cortavam o ranking de portugal. o que tem q ser denunciado é q as agências de rating são agentes especultaivos.
Os deputados europeus
Os deputados europeus conseguem dormir? Os nossos deputados, os Gregos Italianos Espanhóis têm de tomar uma atitude! Barriquem-se dentro da assembleia, tragam lixo e espalhem na carpete! A Moodys e afins mais este modelo tem de morrer amanha!!
http://www.facebook.com/pages/Fuck-You-Fitch-Fuck-You-Moodys-Fuck-You-St...
Adicionar novo comentário