O coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, disse que os ataques à economia promovidos pelo governo tornam certo o aumento do desemprego. “Entendamo-nos bem”, disse Louçã, numa referência a um famoso adivinho do Mundial de Futebol, “uma probabilidade é pôr um polvo em cima de duas caixas, o coitado do bicho não sabe do jogo, nem conhece o árbitro, é uma questão de probabilidade ir para uma ou para outra, mas se o senhor aumenta o ataque à economia, reduzindo-a com aumento de impostos, é uma certeza que vai haver aumento do desemprego, que vai haver mais pobreza”.
Falando no debate do Estado da Nação, na Assembleia da República, Louçã considerou que o debate que encerra a sessão legislativa revelou a existência de um pântano político: “O senhor fez um acordo com o PSD, é um acordo de dois anos para aumentar impostos e reduzir salários e viu-se que o senhor não acredita no acordo com o PSD, o PSD não acredita no acordo consigo e ninguém neste país acredita nesse acordo”.
Na resposta, José Sócrates acusou o Bloco de Esquerda de estar “mortinho para fazer o jeito à direita e que haja uma crise política em Portugal” e de “sectarismo infantil de esquerda”.
Curiosamente, foi a própria direita que apareceu a querer dar uma mão ao PS. Paulo Portas pediu a saída de Sócrates do cargo, mas propôs em alternativa a formação de um governo de coligação chefiado pelo PS, com a participação do PSD e do CDS.
Veja as intervenções do debate de José Manuel Pureza, Ana Drago, Cecília Honório, Luís Fazenda.
 
   
   
 
 
 
 
