swaps

Marco António Costa esteve presente nas reuniões do conselho de administração da Metro do Porto e esteve de acordo com a contratação dos swaps em 2008 e 2009, que foram desastrosos para aquela empresa.

Ana Drago defendeu no parlamento que a entrega do processo dos swaps a Maria Luís Albuquerque, que assinou vários dos contratos ruinosos, "é o mesmo que entregar o julgamento a um dos arguidos". Veja o vídeo de declaração política no parlamento em 18 de junho de 2013

Dos 52,1 milhões de euros pagos pela Carris aos bancos em contratos swaps nos últimos seis anos, a maior fatia foi parar ao bolso do BES Investimento e do BPN. Mas ao contrário do Santander, os swaps destes bancos ficaram de fora do lote considerado "tóxico". O buraco dos swaps na Carris dava para pagar bilhetes e passes a todos os passageiros durante um ano e meio.

O Governo decidiu pagar mais de mil milhões de euros aos bancos pelos swaps apenas para não prejudicar as relações com o sistema financeiro. A economista Sara Rocha falou ao esquerda.net sobre esta permanente posição de subordinação perante a banca.

Portaria utilizada para justificar a destruição dos documentos relacionados com os swaps prevê que os mesmos só podem ser eliminados ao fim de 20 anos. Ministério das Finanças alega que as regras não se aplicam a papéis de trabalho. Bloco lamenta opacidade que rodeia este caso.

Documentos fundamentais para apurar responsabilidades no escândalo dos contratos de alto risco contraídos por empresas públicas (swap) foram destruídos na Inspecção Geral de Finanças (IGF), revela uma auditoria.

O Bloco de Esquerda quer que o Tribunal de Contas faça um novo relatório detalhado sobre a contratação de contratos swap por empresas públicas, por considerar insuficiente a informação produzida e pela falta de independência da consultora contratada pelo IGCP.

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A Caixa - BI e a JP Morgan foram selecionados para assessorar a privatização dos CTT por "apresentarem as propostas mais vantajosas para o Estado", segundo resposta do Ministério das Finanças a questões do Bloco. "A escolha da JP Mortan e da Caixa - BI é mais um exemplo da má gestão pública", diz o Bloco recordando que "ambos os bancos estiveram e estão ligados à comercialização de swaps junto de empresas públicas".

Estas manipulações da verdade como se ela fosse um menu arbitrariamente gerível tornam os seus autores incapazes para a responsabilidade governativa em qualquer país decente.

José Manuel Pureza

Governo nada anunciou sobre a demissão do secretário de Estado do Tesouro, mas enviou para a comunicação social documentos de 2005 do governo Sócrates sobre o negócio dos swaps tóxicos. Fica-se a saber que vários bancos propuseram swaps para aldrabar as contas públicas, sem nunca terem sido denunciados por isso. E Paulo Gray, gestor da StormHarbour, que foi contratado pelo IGCP para renegociar os swaps com a banca, assume que foi o autor dos swaps tóxicos do Citigroup.

A revelação da presença de um dirigente do CDS na direção do banco que propôs aldrabar o défice em 2005 e 2006 e fazer-nos pagar juros milionários por 30 anos levanta uma questão interessante: como é que estas pessoas acabaram quase todas a trabalhar para o Governo de Passos Coelho e Paulo Portas?

Luís Branco

O coordenador do Bloco de Esquerda, João Semedo, declarou nesta quarta-feira: “A demissão do secretário de Estado não dispensa a demissão da ministra, na medida em que foi ela quem o nomeou e, em segundo lugar, a própria ministra está envolvida numa série de trapalhadas e mentiras que exigem a sua demissão”.

Joaquim Pais Jorge, que tentou vender swaps para maquilhar as contas públicas, em 2005 quando era quadro do Citigroup, demitiu-se. Esta demissão acontece apesar de manter o apoio reiterado da ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque. Na declaração de demissão, Pais Jorge faz um rasgado elogio à ministra, mas não explica o seu papel na venda de swaps para mascarar o défice.

Gonçalo Barata, administrador da Águas de Portugal e membro da comissão política nacional do CDS, também fazia parte da equipa do Citigroup que tentou vender swaps ao governo Sócrates, para “maquilhar” as contas públicas. Gonçalo Barata foi nomeado pela ministra do CDS Assunção Cristas, em janeiro de 2012, e o ministério indicou "que conta com 18 anos de experiência no Citigroup, na área de financiamento a empresas".

O atual secretário de Estado do Tesouro e responsável pela resolução dos contratos swap, Joaquim Pais Jorge, e Paulo Gray, atual quadro da consultora Storm Harbour, contratada para estudar estes contratos financeiros celebrados por empresas públicas, tentaram em 2005, enquanto funcionários do banco americano Citigroup, contratualizar swaps para mascarar o défice público. Outros detalhes como a data, horas e assunto das respetivas reuniões vieram em pormenor a público esta terça-feira.

Numa resposta escrita à SIC, depois de esta ter emitido uma reportagem onde apresenta provas que Joaquim Pais Jorge, então quadro do Citigroup, tentou vender contratos swap ao governo de José Sócrates com o objetivo de maquilhar as contas públicas, o atual secretário de Estado do Tesouro confirmou encontros em São Bento. Recorde-se que no briefing da última sexta-feira, a mesma informação foi negada pelo próprio.

Segundo o Correio da Manhã, mais um gestor que ignorou contratos “swap” ruinosos na Entidade Gestora de Reservas Estratégicas de Produtos Petrolíferos (EGREP) é agora nomeado para o Conselho Fiscal da Refer. Estes contratos “swap” já custaram aos contribuintes 122 milhões de euros.

“Temos um secretário de Estado que andou a vender swaps [para mascarar as contas públicas] e uma ministra das Finanças que andou a comprar swaps enquanto era gestora de empresas públicas. Por isso o Bloco pediu a demissão deste secretário de Estado e renovou a reclamação da demissão da ministra das Finanças (…) que mentiu no parlamento para esconder as suas responsabilidades exatamente neste dossier dos swaps”, afirmou o coordenador do Bloco de Esquerda na Nazaré.

Na época era quadro do Citigroup e tentou vender contratos "swap" ao governo, argumentando que tinham a vantagem de “melhorarem o rácio dívida/PIB”, disfarçando as contas do Estado português diante do Eurostat. Bloco de Esquerda quer a sua demissão.

No final da segunda audição de Maria Luís Albuquerque na comissão de inquérito aos swaps, todos partidos da oposição reafirmaram que a ministra das Finanças faltou à verdade na primeira audição. Entretanto, Rui Rio afirmou, em entrevista à RTP1, que alguém "que não diz a verdade toda" no parlamento não deve ser ministra das Finanças.