A Monsanto reagiu acusando os dois países de ignorarem a ciência e agirem por "motivos políticos arbitrários". A gigante de biotecnologia frisou, no entanto, que esta decisão não afetará os seus negócios.
O grupo ambiental Friends of the Earth Europe tem vindo entretanto a acusar a Comissão Europeia de "ceder à pressão das grandes empresas de biotecnologia para minimizar o nível de controlo de saúde e segurança sobre as importações" de culturas geneticamente modificadas (GM).
"A Comissão está a trabalhar de portas fechadas para minar as regras que garantem que os alimentos na Europa não contêm OGM", disse Mute Schimpf, activista do grupo ambiental, em comunicado.
"Estão a curvar-se perante a pressão das grandes empresas de biotecnologia que querem trazer culturas GM pela porta dos fundos, no âmbito do acordo comercial entre UE e EUA”, avançou.
O grupo cita uma carta na qual é sugerido que a Comissão Europeia pediu à EFSA para ignorar as verificações de segurança alimentar no caso das importações de OGM.
"A neutralização das leis de segurança alimentar atuais significaria que a comida nos nossos pratos poderia estar contaminada com OGM sem nós sabermos", referiu Schimpf, sublinhando que "isto teria consequências graves para o setor dos alimentos - a contaminação de baixo nível não poderia ser rastreada e não seria possível garantir que os produtos não contêm OGM”.
Mediante a implementação do Tratado de Livre Comércio entre os Estados Unidos e a União Europeia, mais conhecido como TTIP, e a introdução de novas medidas de liberalização comercial, a entrada massiva de transgénicos na Europa será uma realidade.