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Sarkozy quer novo tratado da UE e maior controlo orçamentário

Num discurso em que disse que Alemanha e França devem ser o "coração de estabilidade" da Europa, o presidente francês defendeu maior controlo orçamentário, sanções mais severas e rápidas aos países incumpridores e a inscrição nas Constituições dos limites do défice.
Sarkozy defendeu um um verdadeiro “Governo económico comum”. Foto EPA/ERIC FEFERBERG POOL

Num discurso em Toulon diante de cinco mil pessoas, Nicolas Sarkozy apelou a uma refundação europeia, com mais disciplina para os países enfrentarem a crise das dívidas soberanas. “O que foi feito pela Grécia”, disse, não se voltará a repetir, nem nenhum Estado-membro da moeda única entrará em incumprimento da sua dívida.

Sarkozy disse ser partidário de um maior controlo orçamentário, e defendeu sanções mais severas e rápidas aos países incumpridores e a inscrição nas Constituições dos estados da União Europeia dos limites do défice.

Estas medidas deverão estar inscritas num novo Tratado europeu, que refunde a Europa e reforce o governo económico da União Europeia. O novo tratado, defendeu o presidente francês, deve consignar que as decisões europeias sejam tomadas por uma “maioria qualificada”.

Sarkozy diz ser preciso passar de “um grande ciclo de endividamento” para um ciclo de “desendividamento” acompanhado por um ajustamento das políticas económicas e defende que a zona euro será “mais solidária, mais disciplinada, mais responsável e mais democrática” e que deverá dotar-se de um verdadeiro “Governo económico comum”.

O presidente francês defendeu ainda um Fundo Monetário Europeu e que o Fundo de resgate europeu seja uma muralha contra a especulação.

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