Precários apelam à greve geral

02 de novembro 2010 - 18:31

“A austeridade é a resposta contrária à vida das pessoas: quanto mais precário, menos apoios sociais; quanto menos direitos, maior a perseguição”, afirmam os movimentos de trabalhadores precários.

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Três movimentos de trabalhadores precários – o FERVE (Fartos/as d’Estes Recibos Verdes), a Plataforma dos Intermitentes do Espectáculo e do Audiovisual e os Precári@s Inflexíveis – divulgaram um comunicado de apoio à convocação da Greve Geral de dia 24 de Novembro.

“Nós, precárias e precários, cerca de um terço de todos os trabalhadores, somos particularmente prejudicados pela nossa condição”, afirmam, argumentando que “temos todas as razões para participar neste protesto e tudo faremos para contribuir para uma mobilização que precisa de criar pontos de encontro para ser forte e inequívoca.”

Para os movimentos de precários, em Portugal, a factura da crise está a ser paga pelos mais fracos. “A austeridade é dirigida a quem trabalha e, em particular, pesa mais sobre quem já está em dificuldades, enquanto os privilegiados continuam a salvo. Porque não tem de ser assim, é preciso afirmá-lo em conjunto.”

E afirmam: “A austeridade é a resposta contrária à vida das pessoas: quanto mais precário, menos apoios sociais; quanto menos direitos, maior a perseguição. A austeridade escava ainda mais fundo o que a precariedade já aprofundava: a desigualdade, a discriminação e a injustiça social. Tiram-nos tudo. Sem trabalho, sem saber, sem ciência, sem cultura, sem arte, sem lazer, ficamos sem nada. Mas não nos resignamos.”