Esta semana realizou-se uma reunião entre o presidente da TAP, Fernando Pinto, e dirigentes sindicais, na qual foi discutida a privatização da companhia aérea e a adesão à Greve Geral.
No final da reunião, José Simão, dirigente do Sitava - Sindicato dos Trabalhadores de Aviação e Aeroportos, afirmou que o sindicato se opõe à privatização da companhia aérea, contra a posição defendida pelo presidente da TAP, que aponta-a como única solução para o desequilíbrio das contas da transportadora.
De acordo com informações prestadas ao jornal Público, apenas os controladores de tráfego aéreo e os pilotos da TAP ainda não confirmaram a sua adesão à Greve Geral. Quanto à entidade que coordena o controlo do tráfego aéreo - NAV, a adesão à greve vai ser decidida durante a próxima semana.
Os trabalhadores manifestam desta forma o seu descontentamento pelas medidas propostas no Orçamento do Estado para 2011, entre as quais a redução salarial, e pela privatização da TAP.
Sindicatos assumem compromissos
Já no dia 20 de Outubro, 18 sindicatos do sector dos transportes e comunicações afectos à CGTP, UGT e independentes haviam assumido o compromisso de mobilizarem os trabalhadores para a greve geral.
O coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações da CGTP, Amável Alves, afirmou que "Está a crescer a mobilização no sector dos transportes para uma grande greve geral".
Os participantes aprovaram uma resolução em que rejeitam a imposição de mais sacrifícios aos trabalhadores e manifestam disponibilidade "para participarem activamente na luta".