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Mais sindicatos da UGT anunciam greve no dia 14
Depois de o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP) e oSindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), ambos filiados à UGT, terem marcado greve para o dia 14 de novembro, a mesma data da greve geral convocada pela CGTP, foi agora a vez da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) marcar greve para o mesmo dia.
A paralisação, disse à Lusa José Abraão, da direção da entidade, é contra os cortes dos salários e das pensões, a redução do valor do trabalho extraordinário e a não renovação dos contratos a prazo.
A FESAP integra o Sindicato dos trabalhadores da Administração Pública, o Sindicato Democrático dos Professores, o Sindicato da Agricultura, o dos técnicos de Diagnóstico e o dos oficiais de justiça entre outros.
A decisão, explicou o sindicalista, veio na sequência da apresentação da proposta de Orçamento do Estado para 2013 (OE) e da decisão da Confederação Europeia de Sindicatos (CES), que marcou para a 14 de novembro uma jornada de luta na Europa.
Outro sindicato da UGT, o Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media (SINDETELCO), afeto à UGT, anunciou que vai emitir um pré-aviso de greve nos CTT para 14 de novembro, no mesmo dia da greve geral convocada pela CGTP.
Em comunicado, o sindicato informa que a greve se destina a reivindicar "a implementação da negociação coletiva na empresa CTT - Correios de Portugal" e a "protestar contra a privatização dos CTT", mas diz tratar-se de um protesto independente daquele convocado pela CGTP. O sindicato informa ainda que a paralisação visa contestar também "a austeridade imposta aos trabalhadores do setor empresarial do Estado".
FETESE também convoca greve dia 14
Por seu lado, a Federação dos Sindicatos da Indústria e Serviços (FETESE), também filiada à UGT, emitiu um pré-aviso de greve de 24 horas também para o dia 14 de novembro. Em comunicado, a Federação justifica este protesto "pela exigência da negociação coletiva, pela reposição dos subsídios de férias e de Natal e pela negociação do salário mínimo nacional".
A federação manifesta-se igualmente "contra a redução da remuneração do trabalho, a redução dos escalões de IRS, o aumento da retenção na fonte, reduzindo o salário mensal e o aumento brutal de impostos".
São filiados da FETESE o Sindicato Democrático do Comércio (SINDCES), o Sindicato nacional da Indústria e Energia (SINDEL), o Sindicato Democrático da Energia, Química, Têxtil e Indústrias Diversas (SINDEQ), o Sindicato Democrático dos Trabalhadores das Comunicações e dos Media (SINDETELCO), o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (SINDITE), o Sindicato de Mestrança e Marinhagem da Marinha Mercante, Energia e Fogueiros de Terra (SITEMAQ) e o Sindicato dos Trabalhadores e Técnicos de Serviços (SITESE).
Recorde-se que João Proença, secretário-geral da UGT, negou-se a aderir à greve geral dizendo que esta foi convocada não contra a austeridade, “mas contra a UGT”. Mas são cada vez mais os sindicatos daquela central que têm outra opinião e que, como Nobre dos Santos, da FESAP, afirmam que a marcação da greve para a mesma data que a paralisação convocada pela CGTP tem como objetivo "mostrar a união entre os trabalhadores".
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