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Sindicato da UGT marca greve para 14 de novembro

Conselho geral da entidade avança com pré-aviso de greve acusando o governo de pretender “impor aos portugueses uma ultra-austeridade totalmente inaceitável, que exige sacrifícios brutais, agrava a crise económica, provoca um acentuado aumento do desemprego e da pobreza e exclusão”.
"O governo exigiu grandes sacrifícios em 2012, em especial aos trabalhadores da Administração Pública e, apesar disso, não foi capaz de cumprir os objetivos do défice, face ao falhanço nas receitas provenientes do IVA e do IRC"

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP), pertencente à UGT, anunciou que vai marcar uma greve para 14 novembro, o mesmo dia da greve geral convocada pela CGTP.

O SINTAP, que reuniu este sábado o seu conselho geral, afirma em comunicado que "o Orçamento do Estado apresentado pelo governo pretende impor aos portugueses uma ultra-austeridade totalmente inaceitável, que exige sacrifícios brutais, agrava a crise económica, provoca um acentuado aumento do desemprego e da pobreza e exclusão e aumenta gravemente a injustiça fiscal e social".

Governo não foi capaz de cumprir os objetivos do défice

O sindicato afirma que "o governo exigiu grandes sacrifícios em 2012, em especial aos trabalhadores da Administração Pública e, apesar disso, não foi capaz de cumprir os objetivos do défice, face ao falhanço nas receitas provenientes do IVA e do IRC, para o qual contribuiu o aumento da fraude fiscal".

No próximo ano, diz o SINTAP, "o governo deveria cumprir a decisão do Tribunal Constitucional e retomar o pagamento do 13.º e 14.º meses aos pensionistas e aos trabalhadores do setor público", mas "de forma inaceitável, o governo apenas propõe pagar-lhes 1,1 pensões e 1,0 salários, o que corresponde a uma verba de 0,7% do PIB".

O SINTAP defende uma maior justiça social, com redução significativa do aumento do IRS e maior aumento da carga fiscal sobre as empresas e os detentores de capital e dos meios de riqueza, o reforço do combate à fraude e evasão fiscal, nomeadamente do IVA, entre outras medidas.

E pede a fiscalização prévia da constitucionalidade do Orçamento do Estado para 2013.

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