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Ex-profissionais do jornal Público divulgam manifesto e marcam concentração

Vários ex-profissionais do jornal Público denunciam num manifesto que o recente “despedimento coletivo é efetivamente um saneamento de quadros por discordâncias várias”. Entretanto, foi lançada uma petição pela defesa da qualidade do Público e marcado um encontro de solidariedade com os “dispensados”, no dia da greve já agendada para 19 de Outubro.
Os autores e autoras do manifesto organizam um “encontro de solidariedade com os dispensados do jornal Público”, frente à sede de redação em Lisboa, no dia 19 de Outubro, dia que será de greve para os ainda trabalhadores do jornal e para os trabalhadores da agência Lusa.

Vários ex-profissionais do jornal Público escreveram um manifesto que circula na internet, o qual começa por afirmar que “o anúncio do despedimento coletivo de 48 pessoas do Público não passou indiferente a ninguém na sociedade portuguesa” e que “a história do Público tem sido, em grande medida, a história da evolução da democracia portuguesa”.

Os signatários do manifesto relatam como “o constante e crescente interesse na obtenção de resultados económicos foi empurrando o Público para um atoleiro complicado; foram saindo os primeiros diretores, outros foram boicotados, outros despromovidos, outros enfim”.

Estão “solidários com todos os profissionais que lá labutam, independente do trabalho que executam” e repudiam “a recente atitude da administração e da direção editorial de despedir alguns dos melhores que por lá ainda estão”.

O manifesto denuncia ainda que o recente “despedimento coletivo é efetivamente um saneamento de quadros por discordâncias várias”, “mais do que de um ajuste de quadros e de poupanças”.

Os signatários afirmam por fim que irão lutar “pela revogação destas medidas” e que estão solidários “não só com os que agora querem atirar pela borda fora, como com os que lá ficam e que terão um futuro muito árduo”.

Os autores e autoras do manifesto organizam um “encontro de solidariedade com os dispensados do jornal Público”, agendado para dia 19 de Outubro, dia que será de greve para os ainda trabalhadores do jornal e para os trabalhadores da agência Lusa.

A concentração será em frente da redação do Público, em Lisboa (R. Viriato, n.º 13), das 11h às 13h.

Petição pela defesa da manutenção da qualidade do jornal Público e dos seus profissionais

Maria José Casa-Nova, Ana Benavente, Fernando Diogo, Carlos Estêvão e João Teixeira Lopes lançaram uma petição “Em defesa da manutenção da qualidade do jornal Público e dos profissionais que fazem dele um jornal de referência nacional”.

No texto da petição afirma-se que “o despedimento coletivo agora anunciado, envolvendo 48 trabalhadores do Público tem certamente repercussão na qualidade do jornal, fazendo temer uma mudança substancial no jornal, uma redução de temas e uma redução da pluralidade de opiniões”.

“Sem órgãos de informação de qualidade como o jornal Público, é o sistema democrático que perde; é a qualidade da democracia que diminui”, defendem os signatários.

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