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Dijsselbloem acusa países do sul de gastarem o seu dinheiro em “álcool e mulheres”

Presidente do Eurogrupo diz que países do sul não podem gastar o seu dinheiro em “álcool e mulheres” e depois pedirem ajuda financeira aos países do norte da Europa.
"Não se pode gastar todo dinheiro em álcool e mulheres e, de seguida, pedir para se ser ajudado”, defendeu Jeroen Dijsselbloem

Numa entrevista publicada no jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung (FAZ), este domingo, o Presidente do Eurogrupo, o trabalhista holandês Jeroen Dijsselbloem, defendeu que os cidadãos dos países do sul da Europa não podem gastar todo o seu dinheiro em “álcool e mulheres”.

“Na crise do euro, os países do norte têm-se mostrado solidários para com os países afetados pela crise. Como social-democrata, atribuo à solidariedade particular importância. Mas quem a pede também tem obrigações. Não se pode gastar todo dinheiro em álcool e mulheres e, de seguida, pedir para se ser ajudado”, defendeu.

Confrontado com as suas declarações por vários deputados, esta terça-feira, no Parlamento Europeu, o ainda ministro das Finanças holandês recusou-se a pedir desculpas.

As declarações de Dijsselbloem estão a ser lidas pela imprensa espanhola como uma tentativa derradeira de se manter no cargo de Presidente do Eurogrupo, agradando à corrente mais ortodoxa, encabeçada pelo homólogo alemão, Wolfgang Schäuble.

Até agora, o cargo foi sempre ocupado por ministros das Finanças em funções. Mas, com a derrota que seu partido - o Partido do Trabalho holandês (PVDA) - sofreu nas recentes eleições legislativas, dificilmente voltará a ter a tutela da pasta das finanças do seu país. O que, seguindo a prática do Eurogrupo, um “grupo informal” de ministros das Finanças da zona euro, o deveria levar a abandonar o cargo.

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