Dossier 235: Estado Islâmico: o que é, quem o financia, o que pretende?

Sabia que o atual líder do EI já esteve detido num campo de prisioneiros dos Estados Unidos? E que o território do EI equivale ao do Reino Unido? E que quem salvou milhares de yazidis de serem massacrados pelo EI foi uma organização considerada terrorista por Washington? Veja mais nas perguntas e respostas que se seguem. 

Luís Leiria

Para combater de forma eficaz o Estado islâmico, é preciso compreender aquilo de que ele é expressão. Ele é expressão de dois grandes fracassos políticos: o do regime sírio e o do regime iraquiano que, em contextos diferentes, com papéis diferentes da comunidade internacional, ostracizaram, marginalizaram, reprimiram a componente sunita da população. Entrevista com François Burgat, conduzida por Alexandra Cagnard.

Apesar de o plano do presidente ter obtido a cautelosa aprovação da maioria dos parlamentares, muitos dizem que gerou tantas dúvidas quanto respostas. Por Jim Lobe, IPS

A 'guerra ao terror' tem visto o jihadismo tornar-se mais forte do que nunca e o Ocidente deve ter cuidado para não apoiar as jogadas do EI (Estado Islâmico). Por Owen Jones, The Guardian.

Intervenção da deputada Mariana Mortágua na Assembleia da República sobre o Estado Islâmico (19-09-2014).

Políticas contraditórias de Washington na Síria e no Iraque garantiram que o Estado Islâmico do Iraque e do Levante pudesse fortalecer-se. Até agora, os EUA evitaram ser culpabilizados pelo crescimento do EI e conseguiram pôr toda a culpa no governo iraquiano. Mas a verdade é que criaram uma situação na qual essa organização pode sobreviver e prosperar. Por Patrick Cockburn, TomDispatch

O Estado Islâmico (EI) foi promovido durante o verão à condição de inimigo número um dos Estados Unidos e dos seus aliados. A sua expansão para Bagdade, ao sul, e para o estado autónomo curdo, ao norte, marcaram a sua ação. Ao mesmo tempo, a organização jihadista multiplicou os seus crimes. Por Henri Wilno, L'Anticapitaliste

Segundo documentos obtidos pelo jornal britânico The Guardian, grande parte do armamento utilizado pelo EIIL veio de grupos armados pelos EUA e cooptados por Abu Bakr al-Baghdadi, líder do Califado Islâmico, que hoje controla territórios na Síria e no Iraque.

Entre a “decadência” norte-americana e a falta de alternativas, nenhum acontecimento acelerou e revelou melhor ambos os processos que as fracassadas revoluções árabes e o surgimento do seu seio - ou do seu fracasso - do Estado Islâmico (EI). Por Santiago Alba Rico.

Em poucos meses, o avanço irresistível das forças do Estado Islâmico provocou o colapso do Exército iraquiano e conquistou dezenas de cidades, algumas estratégicas, da Síria e do Iraque. No final de junho foi proclamado o novo califado. Mas de onde veio esta organização desconhecida até há uns meses? Quem a criou? De onde vêm os seus fundos? Por que usa práticas bárbaras? Dossier organizado por Luis Leiria.