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Contem-nos mentiras novas
Em Portugal Cavaco Silva diz que é preciso dizer a verdade aos portugueses. E também que os partidos têm de se entender quanto ao orçamento. Ao orçamento que se conhece, claro, aquele determinado pelo PEC 1 e 2 e que desenha o caminho para os PECs que hão-de vir. E a verdade é essa mesma, que orçamento já existe e é o que se sente na pele e a vai rasgando todos os dias.
Na União Europeia os Ministros das Finanças acordam decidir os orçamentos uns dos outros, uns decidindo mais do que outros que nisto de países, como de porcos, uns são mais iguais que outros. E a democracia, quando toca a orçamentos, é um pormenor.
A OCDE vem aconselhar mais impostos, sobre o trabalho e o consumo, claro, que é aí que se pode taxar mais, já sabemos, que a finança não aguenta restrições e pode ficar muito debilitada. Já as pessoas que vivem do trabalho aguentam tudo, que remédio têm se não aguentar.
Os comentadores, uns com ar senatorial outros com ar mais despenteado, lá vão dizendo que temos é de perceber a verdade dos números, aceitar a pancada e pôr o corpo a jeito para a seguinte, que se não nos endireitamos vem aí o FMI o que até nem é mau, porque as contas e a democracia não jogam bem e o melhor mesmo é não decidirmos mesmo nada e o que for será. Mais pancada portanto, que é essa mesmo a nossa sina.
E nós podemos aceitar estas verdades e viver bem com os milhares de estudantes obrigados a deixar de o ser, com os mais pobres sem acesso a medicamentos, com contratados pelo Estado a 3 euros ilíquidos à hora, com o fim dos serviços públicos, com a economia a definhar e o desemprego a aumentar. Ou podemos recusar estas mentiras velhas.
Dia 29 Jornada de Luta Europeia. Só com mobilização se dá a volta a isto.
Comentários
Espantam-me como a autora
Espantam-me como a autora fala nas consequências desta miséria vigente, mas não das causas, desde o TGV, até aos submarinos, blindados, e Magalhães que numa situação económica desta indole não deveriam ser uma prioridade deste país. E agora aparentemente, dizem-nos hoje, uma cimeira...
Cortesia professional entre deputados?
Caro Rui Ribeiro, confesso
Caro Rui Ribeiro,
confesso que não compreendo o seu comentário. Culpa minha, certamente, que não me soube exprimir bem.
Já aqui se tem escrito tanto sobre causas como sobre consequências. O que hoje escrevo é sobre a necessidade da escolha democrática, cidadã, activa dos caminhos a trilhar.
Este não é um texto de análise de causas, é uma reacção ao discurso que invade todos os órgãos de comunicação social e que retira às populações a capacidade de decidir os seus caminhos em nome de pretensas verdades financeiro-económicas que só servem para legitimar o estado de coisas e o agravar. E um apelo à mobilização.
Catarina Sou vos ouço falar
Catarina
Sou vos ouço falar em Governo de esquerda, politica de esquerda,...Têm razão nas taxas bancárias, nos off-shores etc...mas sinceramente não vejo um prof de economia como o F. Lousã apresentar qualquer ideia para desenvolver o pais em termos economicos e criação de empregos.
Não só critiquem!!...Apresentem soluções...
A V. concordância em investimento publico, em grandes obras publicas como o TGV, sinceramente. Na sua casa em tempo de crise vai meter-se em grandes gastos? Claro que não...vai poupar e racionalizar as suas despesas, que é o que este des(Governo) deveria fazer. Trabalho de casa.... Só vejo ESBANJAR, e sei do que falo. A Administração Pública é a maior empresa do país e a mais mal gerida. Critérios de gestão!!! Deixem-me de rir...
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