Professores: oposição revogará actual modelo de avaliação

24 de março 2011 - 23:53

Esta sexta-feira, o Parlamento votará os projectos de lei do Bloco, do PCP, do CDS e do PSD a favor da revogação do actual modelo de avaliação de desempenho dos docentes. Comentando a mudança de posição do PSD, que sempre se absteve aquando das votações pela suspensão deste modelo, Ana Drago afirmou ironicamente: "Não há nada como eleições no horizonte".

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Foto de Paulete Matos.

Para sexta-feira já estava marcada a discussão e votação do projecto de lei do Bloco, que determina a suspensão do processo de avaliação de desempenho em vigor e estipula um novo modelo sem quotas para atribuição das classificações mais elevadas.

No mesmo dia estarão ainda em discussão e votação no plenário os diplomas do CDS e do PCP que determinam a revogação do decreto-regulamentar que define o actual sistema de avaliação dos professores e recomendam ao Governo iniciar um processo de negociação sindical com vista a um novo modelo.

Mesmo no final do dia de véspera, o PSD entregou no Parlamento um projecto de lei, para ser discutido e votado, que também determina a revogação do actual modelo de avaliação de desempenho dos professores, anunciou o deputado Pedro Duarte.

"Não há nada como eleições no horizonte"

"Não há nada como eleições no horizonte. Até hoje o PSD não tinha demonstrado qualquer vontade de suspender este modelo. Os sindicatos foram várias vezes requerer a suspensão e o PSD, nas intervenções que fazia, dizia que não era vontade sua", afirmou a deputada do Bloco Ana Drago, referindo-se à proposta do PSD para revogação da avaliação de desempenho docente.

"É uma surpresa de última hora. O PSD chega na 25.ª hora mas é uma boa notícia", acrescentou a deputada, anunciando que o Bloco vai votar "favoravelmente" a proposta dos sociais-democratas.

Os sindicatos de professores aplaudem a decisão dos partidos da oposição de revogarem a avaliação de desempenho docente, sublinhando que o actual modelo é inútil e tem gerado "grandes perturbações nas escolas", palavras de Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).