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Tallin é a primeira capital europeia com transportes públicos gratuitos
No dia 1 de janeiro de 2013, entrou em vigor o transporte público gratuito na cidade de Tallin, capital da Estónia, que tem 63 linhas de autocarro, 9 linhas de trólei e 4 linhas de elétrico.
A chamada tarifa zero foi decidida depois da realização de um referendo à população, teve em conta que as receitas da venda de bilhetes e passes era apenas de cerca de 25% em relação aos gastos de funcionamento dos transportes públicos e visa reduzir a circulação de automóveis na cidade.
O referendo foi realizado em março de 2012 e 75,5% dos votantes respondeu “sim” à pergunta: “Aprova a introdução de um sistema de transporte gratuito a partir de 2013?”
O presidente da Câmara de Tallin, Edgar Saavisar, defende que o transporte público gratuito reduzirá a circulação de automóveis na cidade, evitará congestionamentos e acidentes e facilitará a deslocação às pessoas com menores rendimentos.
Segundo o jornal francês “Le Monde”, a gratuitidade abrange todas as pessoas residentes na cidade e todas as que tenham mais de 65 anos. Os futuros moradores de Tallin podem obter uma carta verde especial por dois euros para terem direito à gratuitidade, devendo para tal personalizar a carta na internet ou numa bilheteira.
As pessoas que não residam na capital da Estónia podem comprar bilhete nos condutores dos transportes públicos ou adquirir a carta verde e carregá-la para poder andar no transporte público.
A tarifa zero existe já em algumas pequenas cidades de França e da Bélgica e em pequenas cidades de outros continentes, mas é primeira vez que é aplicada numa capital europeia. (mais informação em tarifazero.org)
Comentários
É fácil fornecer transportes
É fácil fornecer transportes públicos gratuitos numa cidade 400 mil habitantes. Queria ver fazer isso numa metrópole de mais de 10 milhões de habitantes. Evidentemente, os transportes gratuitos são subsidiados pelo governo, logo mesmo quem não usa paga a conta.
Sim, S.J., todos pagam a
Sim, S.J., todos pagam a conta dos transportes, mas o benefício de menos acidentes, menos poluição, menos barulho, melhores acessos, etc.. também não é para todos?
Não faria sentido o estado oferecer os transportes públicos aos pensionistas e depois reduzir-lhes um valor na pensão? Assim estimulava o uso dos transportes públicos e poupava dinheiro na Seg. Social.
Estive meio ano a estudar na Alemanha (e não nos vamos por com tretas!, os alemães não estão em risco de falência!) e esse meio ano deu-me uma grande lavagem cerebral.
Exemplo simples, vejamos o contraste: em PT ouvimos TODOS os políticos (se lhes perguntarem) dizer que "É preciso estimular o uso dos transportes públicos!" mas depois não fazem nada. Na Alemanha TODOS os alunos do ensino superior pagam uma "Taxa Social" que lhes dá seguro de saúde e transportes públicos GRÁTIS em TODO O DISTRITO. Resultado? É muito raro um estudante do superior lá usar carro próprio. Para quê se os transportes para ele são TODOS GRÁTIS????
Uma coisa é certa, este Presidente de Tallin não vai receber um salário de milhões numa empresa de transportes depois de deixar a política, como aqui acontece aos menistros e outros que tal..
Bem haja Tallin!, bem haja Edgar Saavisar e a sua equipa!
É por isto que os países nórdicos (e os bálticos estão a caminhar rapidamente para lá) estão MUITO à frente de nós em matéria social!
E não é por isso que vão à falência!
Também Portugal não iria se não houvessem PPP's, BPN's, submarinos, etc!!!
Concordo com tudo o que
Concordo com tudo o que disse, só um apontamento...depende do estado! na Bavária não é assim...
Eu tenho sorte, estou a tirar um mestrado no estado de Brandenburg e o que pago por semestre (á volta de 200€) dá-me direito a um bilhete semestral para todo o estado, incluindo Berlim e Dresden.
Comentando a iniciativa em Talinn, acho muito bom!
A gratuitidade dos
A gratuitidade dos transportes públicos é um bom objetivo em si, bem como todas as medidas com essa tendência. E a falácia de que a gratuitidade implica que todos pagam para alguns usarem negasse a si própria. Se todos usarem (ou a imensa maioria) então todos usufruem do que pagam. O que não acontece agora. Os transportes públicos são caros e subsidiados pelo estado. Logo os que os utilizam pagam duas vezes. Entre Santo Ovídio, Vila Nova de Gaia e o Hospital de S. João são 14Km. De metro custa cada viagem 1,20€. De carro, num diesel que gaste 8 litros aos 100 Km, e ao preço de 1,5€ por litro, gastasse de combustível 1,68 €. Pelas caraterísticas do carro não digam que manuseei os dados a favor do meu argumento. Então ir de carro custa 0,48 cêntimos a mais. É claro que se forem dois passageiros no carro cada viagem passa logo para 0,84€. Menos 0,36€ que no metro. Mas, ainda, para uma viagem de 10 km, então o custo é igual. Sabemos ainda que o estado subsidia anualmente os prejuízos dos transportes públicos (de empresas públicas, semipúblicas e privadas). Mas fique-mo-nos por aqui nas variáveis. O que apetece então é continuar a usar transporte particular, porque a coisa não é tão desproporcional como se supõe. Ora, eu pago impostos e ando faço 2 viagens por dia que não perfazem 20 Km (Câmara de Gaia - Faculdade de Letras). Se for de metro demoro 40 a 45 minutos (metro até à Trindade e depois casa da música e depois a pé - a hipótese dos autocarros custam o mesmo mas pioram o tempo de viagem). Se for de carro demoro 10/15 minutos e gasto a mesma coisa que ir de metro. Não usufruo dos impostos que pago que ajudam a subsidiar os transportes públicos. Se os transportes fossem gratuitos haveriam menos carros (até por condicionamento) e mais transportes. Menos tempo perdido e mais poupança individual. Mais gente na rua é mais atividade económica, mais potencial comercial, mais comércio local, mais confiança. Quanto mais não fosse sempre dava para gastar em cafés o custo diário dos transportes. E já eram 4 a 5 cafés por dia. :)
Faculdade de Letras?! E com
Faculdade de Letras?! E com erros destes?
"a gratuitidade implica que todos pagam para alguns usarem negasse a si própria"
"gastasse de combustível"
"fique-mo-nos por aqui"
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