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Regime do Irão condena Sakineh à forca

O procurador geral do Irão anunciou que Sakineh Ashtiani foi condenada à forca, sob a acusação de ter morto o marido. E justificou: “O poder judicial não se pode deixar influenciar pela campanha de propaganda feita no Ocidente".
Sakineh Mohamadi Ashtiani

Segundo a agência iraniana, o procurador geral do Irão, Gholam Husein Mohseni Ejei, declarou que "de acordo com a decisão do tribunal, [Sakineh] foi acusada de assassínio e a pena para este delito tem prioridade sobre a do outro, de adultério".

Justificando, mas simultaneamente mostrando que se tornou um caso do regime, o procurador afirmou: "A questão não deve ser politizada. O poder judicial não se pode deixar influenciar pela campanha de propaganda feita no Ocidente".

A condenação de Sakineh Ashtiani à morte por lapidação, sob a acusação de adultério, provocou um movimento de protesto a nível mundial, tendo no passado dia 28 de Agosto sido assinalado em cem cidades. O presidente do Brasil, Lula da Silva, ofereceu a possibilidade de conceder asilo a Sakineh, mas o regime iraniano recusou.

Sakineh Ashtiani foi julgada e condenada numa língua que não domina e sem a presença de um tradutor, confessou os crimes sem perceber as acusações e sob tortura. Foi castigada com 99 chicotadas e condenada à lapidação. O caso tem sido dennunciado pelos filhos e pelo advogado, que teve de fugir para a Noruega, devido às ameaças de represálias.

A campanha mundial de protesto salvou-a da lapidação, mas o regime teocrático do Irão insiste em querer assassiná-la.

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