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"Querem transformar o país numa arca de Noé", acusa Louçã

Num comício em Olhão, Francisco Louçã apelou à participação na greve geral de 24 Novembro e lembrou que quando a direita fala em atacar o monstro da despesa pública é porque "quer ir ao bolso das pessoas e sobretudo à dignidade das pessoas".
Para Louçã o verdadeiro monstro está "na ineficácia, na demagogia, na facilidade". Foto Paulete Matos

"Eu bem sei qual a ideologia dessa mentira. É um sonho, é um pesadelo, eles vão apalpando o terreno para transformar o País numa espécie de arca de Noé. Vem aí o dilúvio da depressão, do desemprego e da precariedade e na arca não cabem todos, cabem só alguns", disse Francisco Louçã no fim do jantar comício que reuniu dezenas de pessoas em Pechão, no concelho de Olhão.

O coordenador bloquista falava acerca da declaração de Passos Coelho, que  respondeu às críticas do Presidente da República  recuperando a figura do "monstro da despesa pública", em tempos agitado por Cavaco Silva. Para Louçã, "quando falam de monstro, o monstro não é a fortuna que em rios de dinheiro se perde porque alguns têm tanto dinheiro que não pagam. O monstro são os salários dos professores, os salários que pagam a dedicação dos trabalhadores da saúde. Essas, dizem eles, são despesas".

Louçã contrapôs que "não há nenhum monstro no serviço público, há monstro na ineficácia, na demagogia, na facilidade". E acrescentou que "a educação, o sistema de saúde e a segurança social são recursos de todos para servir para todos".

"Se não fizermos nada, o subsídio de férias e o subsídio de Natal serão roubados no próximo ano e já estão a dizer que querem generalizar esta política de assalto à vida das pessoas nos anos seguintes", alertou ainda o deputado do Bloco de Esquerda, apelando à participação de todos na greve geral conjunta da CGTP e UGT marcada para o dia 24 de Novembro.

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