Professores acusam Ministério de enganar Tribunal

13 de junho 2010 - 12:37

O Tribunal de Beja aceitou as razões do Ministério da Educação para incluir a avaliação no concurso de professores, de forma a não atrasar o início do ano. Mas aos professores, o governo disse que não havia risco de atrasos.

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Ministério disse aos professores que não haveria atrasos com ou sem avaliação incluída nos concursos. Mas ao Tribunal disse o contrário... Foto Yersinia/Flickr

“O Ministério diz uma coisa a uma parte, neste caso aos sindicatos, e depois vai dizer outra ao tribunal”, acusa Mário Nogueira, recordando que o secretário geral do Ministério garantiu à Fenprof que “estava tudo preparado” para avançar com os concursos de professores com a inclusão da avaliação de desempenho ou sem ela.



Segundo afirmou o líder da Fenprof, foi esta justificação que o Tribunal deu no acórdão para rejeitar a providência cautelar interposta pelos sindicatos, uma decisão da qual irão recorrer assim que sejam notificados. Na sequência deste episódio, Mário Nogueira admite mesmo apresentar um “um processo de litigância por má fé” contra o Ministério.



"De resto, a preocupação maior da FENPROF em relação aos professores contratados continua a orientar-se para a difícil possibilidade de, no próximo ano, serem colocados. As medidas que o ME está a tomar (encerramento de escolas, fusão de agrupamentos, integração generalizada de escolas secundárias nos actuais agrupamentos), entre outras que se prepara para anunciar, levarão a que a esmagadora maioria destes docentes fique no desemprego. Essa é a realidade e o problema mais sério com que se debaterão os professores actualmente contratados", diz o comunicado divulgado por esta estrutura que reúne os principais sindicatos de professores.