O ministro das Finanças irlandês, Brian Lenihan, já admitiu esta quinta-feira que a intervenção europeia seria "um resultado muito desejável", no entanto, não confirma o início de um processo de delineação do plano de resgate do sistema bancário irlandês.
O governador do banco central irlandês, Patrick Honohan, já fala, contudo, na possibilidade de a UE, o BCE e o FMI assegurarem um “empréstimo seguramente muito substancial, de dezenas de milhares de milhões" de euros, e o próprio primeiro-ministro da Irlanda já afirmou que a sua responsabilidade “é assegurar que obteremos o melhor resultado para este país". A banca irlandesa necessitará, segundo várias fontes europeias, de um investimento mínimo de 45 mil milhões de euros, mas que poderá ascender, segundo o Wall Street Journal, aos 100 mil milhões. Em finais de outubro, o banco central irlandês já havia injectado cerca de 35 mil milhões de euros nos bancos.
O plano de resgate do sistema bancário irlandês estará, segundo noticia a Reuters, pronto para a semana, e, possivelmente, será apresentado simultaneamente com o plano de austeridade irlandês, que prevê a redução da despesa na ordem de 15 mil milhões de euros, entre 2011 e 2014.
As negociações entre a Irlanda e os possíveis investidores têm conhecido alguns contratempos, já que é exigido a este país que alargue o âmbito das medidas previstas no seu pacote de austeridade, aumentando, por exemplo, a sua taxa de IRC, o que tem sido recusado pelo governo irlandês, que espera manter as benesses previstas para as empresas.