O FMI reviu em baixa as suas previsões de crescimento, nesta quarta feira. Aquela instituição internacional prevê agora um crescimento económico da Zona Euro de 1,7% em 2011 e de 1,3% em 2012. Em Agosto as suas previsões eram de 1,9% para 2011 e 1,7% para 2012 e em Junho eram de de 2% e de 1,7%, respectivamente. Para o PIB mundial o FMI também reviu em baixa as suas previsões para 4% em 2011 e 4,2% em 2012. Em Agosto passado as suas previsões eram de 4,2% e 4,3%, respectivamente. Para os EUA, aquela instituição mantém as previsões de Agosto: 2,5% para 2011 e 2,7% em 2012.
A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) publicou nesta terça feira o relatório “Trade and Development 2011” (Comércio e Desenvolvimento 2011).
Neste relatório, a ONU diz que “a ideia de que um aperto orçamental reduz os défices e a dívida pública e traz de volta a confiança aos mercados financeiros irá ter o resultado contrário ao pretendido, ao afectar o crescimento do PIB e ao reduzir as receitas provenientes de impostos”.
O relatório sublinha que a austeridade é “um risco significativo de gerar um período prolongado de crescimento medíocre nas economias desenvolvidas – se não mesmo de contracção” e realça que as economias dos países ditos emergentes “podem vir a deparar-se com a instabilidade financeira e fluxos especulativos de capital gerados nas economias desenvolvidas e não serem poupadas à nova recessão no Norte”.
A UNCTAD prevê um crescimento mundial de 3% em 2011 e destaca: “À luz do comportamento irresponsável de vários actores do mercado financeiro, que obrigaram a intervenções caras dos Governos para prevenir o colapso do sistema financeiro, a opinião pública e as autoridades não devem voltar a confiar nestas instituições, incluindo nas agências de rating, para avaliar o que são políticas macroeconómicas sustentáveis e uma gestão saudável das finanças públicas”.