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Previsões da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulgadas esta segunda-feira apontam para a entrada de Portugal em recessão no final do primeiro trimestre deste ano, e o seu agravamento a partir do Verão.
Os indicadores compósitos calculados pela OCDE, que antecipam pontos de viragem na tendência da actividade económica num prazo de cerca de um semestre, apontam para uma quebra na evolução mensal em Fevereiro e Março.
Em Março, o indicador caiu pelo segundo mês consecutivo e numa amplitude superior: recuou 0,18%, depois de em Fevereiro ter caído 0,04%.
A tendência é assim de, a partir do Verão, se observar um agravamento da recessão que se terá reinstalado na economia portuguesa no final do primeiro trimestre deste ano.
Recorde-se que o memorando da “troika” prevê uma contracção de 2% da economia portuguesa em 2011 e 2012.
O cenário traçado pela OCDE aponta para um impulso renovado do crescimento na China e no Canadá, e de um crescimento acima da média na Rússia, Alemanha e Estados Unidos. Por outro lado, a expansão será “estável, apesar de lenta” no Reino Unido e em França.
Itália, Brasil e Índia, porém, apontam para um abrandamento, com taxas de crescimento abaixo da média. Não há previsões para o Japão, devido às circunstâncias especiais que enfrenta pelas consequências do tsunami e do desastre da central de Fukushima.
Rumores sobre Grécia põem juros de Portugal acima dos 11,5%
Estes dados surgem no dia em que os efeitos dos “boatos” de uma reestruturação da dívida grega continuam a penalizar os juros dos títulos da dívida soberana portuguesa a dois e cinco anos, esta manhã negociados acima dos 11,5%.
De acordo com a agência Bloomberg, os juros exigidos nos títulos a dois anos estavam nos 11,792% no mercado secundário. No prazo de cinco anos, os juros iam nos 11,589%, acima dos 11,550% de sexta-feira. Na dívida a dez anos, a taxa situava-se nos 9,601%, também acima 9,557% de sexta-feira.