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Movimento 12 de Março quer referendo sobre o pagamento da dívida soberana

Os organizadores do protesto Geração à Rasca, que reuniu cerca de 300 mil pessoas por todo o país a 12 de Março, apresentaram esta quarta-feira os objectivos do novo Movimento 12 de Março (M12M), numa conferência de imprensa informal à porta do Cinema S. Jorge, em Lisboa.
A conferência de imprensa teve início com uma citação de José Saramago: "Quando dizemos que é um resultado importante viver em democracia, dizemos também que é um resultado mínimo, porque a partir daí começa a crescer o que verdadeiramente falta, que é a capacidade de intervenção do cidadão em todas as circunstâncias da vida pública. Ou seja, fazer de cada cidadão um político."

À porta do cinema São Jorge, em Lisboa, os jovens voltaram a explicar que o movimento se caracteriza por ser "não hierárquico, não partidário laico e pacífico, um movimento que defende o reforço da democracia em todas as áreas da vida". Segundo João Labrincha, de 27 anos, um dos quatro fundadores do protesto que começou com um apelo numa página do Facebook, o M12M vai começar por convocar "uma assembleia popular não deliberativa decorrente do 'Fórum das Gerações - 12/3 e o Futuro'".

A conferência de imprensa teve início com uma citação de José Saramago: "Quando dizemos que é um resultado importante viver em democracia, dizemos também que é um resultado mínimo, porque a partir daí começa a crescer o que verdadeiramente falta, que é a capacidade de intervenção do cidadão em todas as circunstâncias da vida pública. Ou seja, fazer de cada cidadão um político. A liberdade de imprensa, a liberdade de organização política é o mínimo que podemos ter, porque a partir daí começa a riqueza espiritual e cívica do cidadão autêntico." E é sob esse mesmo pretexto que o movimento surgiu, explicaram os fundadores.

Na conferência de imprensa foram divulgados os projectos nos quais o M12M já está envolvido e os que quer promover em conjunto com outras associações e movimentos, como a iniciativa legislativa dos cidadãos por uma proposta de lei contra a precariedade laboral, o Portugal Uncut, um ciclo de reflexões e debates subordinado ao tema "Aprofundamento da Democracia", com a associação 25 de Abril, participação no MayDay 2011, a manifestação de precários no 1. ºde Maio e a auscultar os vários partidos políticos sobre temáticas presentes no Manifesto
do Protesto da Geração à Rasca.

Além disto, o M12M quer promover a necessidade de um debate sobre a importância de um referendo nacional acerca do pagamento da dívida soberana e questionar activamente “a eficácia, inevitabilidade, legitimidade e democraticidade” da intervenção do Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Fundo Europeu de Estabilização Financeira. “Acreditamos que o direito à informação é essencial para podermos avaliar a sua premência”, defendem.

O movimento considera também urgente uma auditoria às contas públicas que clarifique a verdadeira situação financeira e económica do Estado Português.

Ver blogue do Movimento 12 de Março e página no Facebook.

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