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Johnson & Johnson paga multa de 1600 milhões para pôr fim a investigações de fraude

A empresa farmacêutica, de produtos médicos e de higiene Johnson & Johnson chegou esta segunda feira a um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos para pagar uma multa de 1600 milhões de euros, por forma a pôr fim a investigações de fraude e suborno.

A Johnson & Johnson, que recebe milhões de dólares em benefícios pagos pelo Medicaid, o programa de seguro de saúde da administração norte americana destinado aos mais desfavorecidos, vê-se envolvida num dos maiores escândalos de fraude no sistema de cuidados de saúde nos Estados Unidos.

A empresa vai pagar 1600 milhões de euros para pôr fim a investigações civis e criminais sobre o pagamento de subornos a farmacêuticos e a comercialização de produtos para fins não autorizados pela FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos), avançou esta segunda feira o Procurador Geral dos EUA, Eric Holder, citado pela agência Reuters.

Em causa estará a comercialização, durante largos anos, e para fins não autorizados, dos medicamentos anti psicóticos Risperdal e Invega e o medicamento para problemas cardíacos Natrecor.

De acordo com a queixa formulada contra a Johnson & Johnson e a sua subsidiária Janssen Pharmaceuticals Inc, estas duas entidades terão promovido, de 1999 a 2005, o Risperdal para usos não aprovados, entre os quais o controlo da agressividade e da ansiedade em pacientes idosos com demência e o tratamento de distúrbios comportamentais em crianças e em indivíduos com deficiência.

Conforme avança a Reuters, esta fraude custou aos programas de seguros do governo norte americano centenas de milhões de dólares em créditos a descoberto.

A Janssen terá ainda pago milhões de dólares em subornos à Omnicare Inc, a maior farmácia do país especializada em dispensar medicamentos aos pacientes de lar de idosos.

O acordo firmado esta segunda feira tem também em conta alegações de que a Johnson & Johnson e a sua subsidiária Scios Inc. comercializaram o medicamento Natrecor para usos não aprovados pela FDA e não cobertos pelos programas de saúde federias.

"A conduta [da J&J] põe em perigo a saúde e segurança dos pacientes e prejudica a confiança pública", afirmou Eric Holder.

A maioria das grandes empresas farmacêuticas, entre as quais a Pfizer Inc e a GlaxoSmithKline Plc, tiveram de pagar multas consideráveis ao longo da última década por alegadamente comercializarem indevidamente os seus medicamentos.

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