Está aqui

Indignados de Israel

Jovens israelitas acamparam no centro de algumas cidades, como Jerusalém, Telavive, Beersheva, Jaffa e Kfar Saba. Os jovens reivindicam habitação digna, baixa dos preços de bens de consumo e dizem que se inspiram nas revoltas árabes.
Acampados no Rothschild Boulevard em Telavive – Foto de activestills.org

Segundo o jornal espanhol “El Pais”, a maioria dos indignados são estudantes universitários e jovens trabalhadores da classe média. O seu protesto principal é contra a falta de acesso à habitação nas cidades onde trabalham, porque os preços dispararam nos últimos três anos. Uma das acampadas diz ao jornal: “Não podemos alugar casas aos preços actuais. A maioria está nas mãos dos ricos”. Em cidades como Jerusalém, existem muitas residências fechadas e desocupadas, ou que só têm ocupação nas férias de Verão, e que são pertencentes a judeus ricos norte-americanos ou europeus. Um jovem arquitecto participante na acampada, que teve de ir morar para fora da cidade de Jerusalém, diz ao jornal: “Eles vêm cá muito pouco mas somos nós que pagamos os impostos”.

Segundo a jornalista Ana Garralda do “El Pais”, o primeiro protesto destes jovens foi um boicote ao requeijão, que tinha subido de preço em 70%. O protesto, convocado através do facebook, obrigou as empresas distribuidoras a baixá-lo 25%. Uma das organizadoras dos protestos naquela rede social, Daphni Leef, diz à jornalista que se está a preparar uma grande manifestação para o próximo sábado em Telavive e considera que estes protestos “vão para além de esquerdas ou direitas, todos compartilhamos os mesmos problemas”.

Perante as acampadas, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Nathayahu, propôs ao governo a construção de 20.000 a 30.000 habitações, mas a proposta foi rejeitada pelo ministro da Economia.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Internacional
(...)