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SCUT não têm alternativa

Governo teima em avançar com as portagens e impõe o chip, a quem quiser ter isenções. Bloco diz que “alternativas não existem”. O movimento contra as portagens nas SCUT do Norte marcou encontro para 25 de Setembro.
Movimentos contra as portagens vão reunir a 25 de Setembro

O Governo anunciou nesta quinta feira que três SCUT (Norte Litoral, Grande Porto e Costa de Prata) passarão a ter cobrança de portagem a partir de 15 de Outubro e que em todas as outras a cobrança terá início até 15 de Abril de 2011.

O Governo estabeleceu para todas as SCUT um regime transitório, com a possibilidade de isenções, para as empresas e moradores nos concelhos abrangidos pelas SCUT, mas só até 30 de Junho de 2012. Este regime transitório é no entanto diferente entre as 3 auto-estradas que começam a ser portajadas a 15 de Outubro e as restantes. Para as primeiras, os moradores e empresas nos concelhos que distam menos de 10 km da auto-estrada terão gratuidade na s10 primeiras viagens e desconto de 15% nas restantes. Para as outras SCUT (Interior Norte, Beira Litoral e Alta, Beira Interior e Algarve), as isenções só existirão nas regiões em que o PIB esteja a abaixo da média nacional e serão beneficiados os concelhos inseridos numa NUT (Unidade Territorial Estatística) que estejam a menos de 20 km da auto-estrada.

Para o acesso às isenções, o Governo obriga ao uso do chip.

Perante a decisão do Governo, o deputado Heitor de Sousa do Bloco de Esquerda disse que “nestas autoestradas as alternativas não existem e o Governo ilude essa questão essencial”.

Heitor de Sousa deu como exemplo o caso da N13, que “supostamente serve de alternativa à A28” e que se trata de uma estrada que tem “150 passadeiras, 170 cruzamentos, dos quais 28 são semaforizados”. “Isto em lado nenhum do mundo é uma alternativa rodoviária ao trajeto de autoestrada”, concluiu o deputado do Bloco.

Um porta-voz dos movimentos contra as portagens nas SCUT do Norte, José Rui Ferreira, disse à Lusa que o movimento “não vai baixar os braços e vamos agendar uma reunião, que envolva todas as comissões de utentes do país, para definirmos outras formas de luta". Essa reunião está marcada para 25 de Setembro e José Rui Ferreira diz que nela vão “analisar todo este processo e definir como vamos reagir contra a introdução de portagens”.

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