Está aqui
Fundador do Wikileaks aconselhado a não ir aos EUA
O australiano Julian Assange, fundador e editor do site Wikileaks, disse esta quinta-feira à BBC News que entrou em contacto com o governo dos Estados Unidos por causa da prisão de uma das suas alegadas fontes, o soldado Bradley Maning, detido há três semanas sem qualquer acusação formal. Assange disse que foi aconselhado pelos advogados a não se deslocar aos Estados Unidos num futuro próximo, por correr o risco de ser preso.
Maning foi denunciado às autoridades americanas pelo hacker Adrian Lamo como tendo entregue ao Wikileaks 260 mil telegramas diplomáticos dos EUA e dois vídeos militares confidenciais – um deles o famoso “Collateral murder”, que mostra um ataque de um helicóptero apache em Bagdad contra civis, que causou a morte de 12 pessoas, entre eles dois funcionários da agência de notícias Reuters.
O Wikileaks é um site especializado em fugas de informação de fontes oficiais. Corriam boatos de que Julian Assange estava escondido na Islândia, que tinha até entrado na clandestinidade, mas o australiano participou segunda-feira num seminário organizado pela Aliança dos Liberais e Democratas da Europa, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, sobre liberdade de informação. Numa conferência de imprensa concedida em seguida, Assange disse-se preocupado em proteger as fontes de informação do site.
O Wikileaks afirma não saber se o soldado detido foi a fonte da fuga de informação, e que o site não mantém registo das pessoas que entram em contacto com ele.
Julian Assange disse já ter contratado três advogados para defender Manning.
Num e-mail enviado à imprensa na semana passada, Assange disse que o Wikileaks prepara-se para divulgar outro vídeo militar americano de um ataque de 2009 a uma aldeia do Afeganistão no qual morreram muitos civis.
Adicionar novo comentário