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Desemprego e cortes salariais acentuam endividamento

A diminuição do rendimento familiar traduziu-se, no primeiro semestre de 2011, num aumento de 40% no número de pedidos de ajuda ao Gabinete de Apoio ao Sobreendividamento da DECO.
Foto de Paulete Matos.

Segundo Natália Nunes, responsável pelo Gabinete de Apoio ao Sobreendividamento (GAS) da DECO, “a principal causa para o sobreendividamento continua a ser o desemprego, mas também os cortes salariais ao nível da Função Pública têm contribuído muito para esta situação".

Entre Janeiro e Junho de 2011, a DECO recebeu quase o dobro dos pedidos de ajuda comparativamente com o primeiro semestre de 2010. Ao GAS chegaram 10 753 pedidos de ajuda de famílias endividadas, sendo que foram abertos 2112 processos de reestruturação de dívidas.

O principal motivo para o endividamento é o desemprego, que justifica 36,2 por cento dos pedidos. Em 21,7 por cento dos casos, o motivo prende-se com a deterioração das condições laborais, inclusive os cortes salariais.

Cerca de 75% das famílias que recorreram aos GAS já estavam em situação de incumprimento. Três em cada quatro agregados têm a prestação em atraso num período que vai até aos 6 meses, enquanto 13% estão em falta há mais de um ano.  

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